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Sri Lanka sofre com mais chuvas

Novas enchentes atingiram o Sri Lanka semanas depois de grandes áreas da ilha asiática terem sido inundadas devido à chuvas torrenciais. Mais de um milhão de pessoas que já tinham sido afetadas sofreram novamente com as enchentes, que já causaram 14 mortes, nove feridos e dois desaparecidos.

Quase 200 mil pessoas foram forçadas a deixarem suas casas e levadas a abrigos temporários em 15 distritos, conforme relatou o Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), que afirmou também que as pessoas têm se aventurado a voltar para suas casas à medida que o nível das águas diminui, apesar de que ainda são esperadas mais chuvas.

As enchentes causaram a destruição de plantações de arroz, bem como de outras culturas, e também prejudicaram a entrega de assistência humanitária, já que muitas estradas estão submersas ou danificadas. Agências e parceiros da ONU continuam a fornecer ajuda, como alimentos, materiais de abrigo, medicamentos, e outros itens básicos. O Programa Mundial de Alimentos (PMA) forneceu comida para 500 mil pessoas atingidas pela primeira série de inundações, em janeiro, e deve alimentar meio milhão de pessoas vítimas das novas enchentes.

Novos recursos são vitais para recuperação do Paquistão

Valerie AmosA Subsecretária-Geral de Assuntos Humanitários, Valerie Amos, pediu ontem à comunidade internacional que providencie os recursos necessários para o auxílio a milhões de pessoas no Paquistão que ainda precisam de assistência vital, cerca de quatro meses após as enchentes que inundaram grandes partes do território do país sul asiático.

“Esta é uma emergência que deve prosseguir pelos próximos meses e esforços consideráveis continuarão sendo necessários junto aos trabalhos de recuperação e desenvolvimento,” disse Amos, em uma conferência em Nova York.

O apelo de dois bilhões de dólares para auxílio às vítimas das enchentes, realizado em setembro, o maior já lançado pelas Nações Unidas e seus parceiros para um desastre natural, está atualmente 49% financiado. Apenas no último mês, seis milhões de pessoas já receberam alimentos, mais de 4,3 milhões tiveram diariamente acesso à água potável, materiais para construção foram entregues a outros 4,7 milhões e mais de sete milhões de pessoas contam com assistência médica.

“Mas ainda há muito o que fazer,” afirmou Amos, que é também Coordenadora de Socorro de Emergência da ONU. “As enchentes estão, aos poucos, saindo das manchetes, mas as pessoas ainda estão em situação de grave emergência que requer atenção internacional.”

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) anunciou ontem que 50 famílias desalojadas pelas enchentes da província setentrional paquistanesa de Gilgit-Baltistan mudaram-se para novas casas que elas próprias ajudaram a construir, com o apoio da agência. As famílias são as primeiras dentre milhares de pessoas que ajudarão a construir e, posteriormente, residir, em estruturas resistentes a desastres em Gilgit-Baltistan, onde, desde julho, cerca de 87 mil pessoas, ou 10% da população da província, foram deslocadas pelas inundações e desmoronamentos.

As casas – feitas de madeira de álamo, alvenaria de pedra e telhados resistentes à água – têm 37 metros quadrados cada e custaram o equivalente a mil dólares. O interior – sala de estar, cozinha, despensa e banheiro – é isolado para proteger os habitantes de invernos rigorosos.

“Um dos primeiros passos para reconstruir vidas é ajudar as pessoas a conseguir um teto,” disse o Especialista Ambiental do PNUD no Paquistão, Abdul Qadir. “Garantir às pessoas acomodações adequadas antes da chegada do inverno é um dos nossos objetivos mais importantes.”

Cerca de 1,5 milhão de pessoas são atingidas por enchentes na África Ocidental

Cerca de 1,5 milhão de pessoas são atingidas por enchentes na África Ocidental. Foto ONU

As Nações Unidas anunciaram que cerca de 1,5 milhão de pessoas foram afetadas e 377 morreram por causa das inundações na África Central e Ocidental. O Chade, Níger, Nigéria e o norte de Camarões enfrentam uma séria epidemia de cólera.

A Subsecretária-Geral para Assuntos Humanitários, Valerie Amos, visitará por quatro dias à Nigéria e o Níger para se reunir com organizações humanitárias e autoridades locais, enquanto lutam contra as fortes enchentes causadas por chuvas torrenciais e níveis excepcionalmente altos de água do Níger e de outros rios da região.

Benin foi o país mais atingido, com 360 mil pessoas afetadas e 42 mortes, seguido pela Nigéria com 300 mil vítimas e 118 mortes, disse a porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA), Elisabeth Byrs. Outros países afetados pelas inundações são Níger, com cerca de 227 mil vítimas, Chade, com quase 145 mil, e Burkina Faso, com mais de 105.000.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e seus parceiros já escalaram uma série de atividades no Chade, que está enfrentando uma de suas piores epidemias de cólera em 10 anos, com cerca de 2.600 casos e 112 mortes notificadas a partir do início do mês. Foram doados equipamentos de cólera para hospitais e organizações não-governamentais (ONGs), e foi providenciada assistência técnica para o Ministério da Saúde local.

ONU tenta conseguir mais helicópteros para ajudar o Paquistão

ONU tenta conseguir mais helicópteros para ajudar o Paquistão. Foto: ONUCerca de 800 mil pessoas afetadas pelas enchentes em Paquistão só podem ser alcançadas por helicópteros. Por isso a ONU está solicitando 40 helicópteros adicionais para enviar ajuda humanitária àqueles que estão abandonados em áreas inacessíveis por terra.

“Estas enchentes colocam desafios logísticos sem precedentes, o que requer um esforço extraordinário por parte da comunidade internacional”, disse o Subsecretário-Geral para Assuntos Humanitários e Coordenador de Emergências da ONU, John Holmes.

“Em áreas sem comunicação no norte do país, os mercados estão escassos de suprimentos vitais e os preços estão aumentando”, disse o Porta-voz do Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA), Marcus Prior. “As pessoas necessitam de alimentos básicos para sobreviver e não há nenhuma outra forma de chegar até estas vítimas, além do helicóptero”.

A Autoridade Nacional para a Gestão de Desastres de Paquistão designou 12 helicópteros para as operações do PMA. Nesta segunda-feira (23), foram incorporadas três novas aeronaves, que fazem parte do Serviço Humanitário Aéreo da ONU (UNHAS) no Paquistão.

Estima-se que as enchentes tenham afetado mais de 17 milhões de pessoas, das quais oito milhões precisam de ajuda humanitária. Os esforços para distribuir alimentos estão em curso. O PMA já ajudou 1,75 milhão de pessoas. A meta é alimentar 150 mil pessoas todos os dias.

A situação no Paquistão continua crítica

Milhares de deslocados por inundações no Paquistão. Foto: ONUAs grandes inundações no Paquistão se espalharam para o sul da província de Sindh, onde centenas de milhares de pessoas buscam abrigo após serem evacuados de suas aldeias inundadas. As agências de ajuda humanitária continuam entregando suprimentos a milhões de pessoas afetadas.

“A situação em Sindh é de grande preocupação. Cidades inteiras já foram evacuadas”, disse o Porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA). “Temos centenas de milhares de pessoas em movimento, e se não formos capazes de chegar a todos aqueles que necessitam de ajuda imediata, pode haver um aumento das doenças transmitidas pela água e, naturalmente, escassez de alimentos e falta de abrigos”, acrescentou.

As inundações, que começaram no final do mês passado, já causaram a perda de mais de 1.200 vidas e a destruição de casas, fazendas e infra-estrutura em grandes partes do país. Segundo estimativas do governo, 15,4 milhões de pessoas foram afetadas, dentre as quais seis milhões delas necessitam de alimento, abrigo, água potável e cuidados de saúde.

O Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA) estima que são necessários pelo menos 40 helicópteros a mais para impulsionar seus esforços e oferecer alívio a um grande número de pessoas que permanecem em áreas inacessíveis.

“Os helicópteros são a única forma de entregar suprimentos em
muitas áreas e é por isso que já estamos usando todas as aeronaves atualmente disponíveis”, disse o diretor do PMA no Paquistão, Herbinger Wolfgang. O PMA até o momento já ajudou a 1,3 milhão de pessoas com rações de emergência de alimentos.