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Microcefalia associada ao zika terá custos de até US$ 10 bi para o Brasil

A mesa de abertura do evento de lançamento do relatório contou com a presença do secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, do diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, João Paulo Toledo, e do diretor de país do PNUD Brasil, Didier Trebucq. Foto: PNUD Brasil/Thalita Rosemberg
A mesa de abertura do evento de lançamento do relatório contou com a presença do secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, do diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, João Paulo Toledo, e do diretor de país do PNUD Brasil, Didier Trebucq. Foto: PNUD Brasil/Thalita Rosemberg

A longo prazo, os custos da microcefalia associada ao vírus zika podem chegar a 10 bilhões de dólares no Brasil, impondo um ônus imediato sobre os sistemas de saúde e bem-estar social. É o que revela um relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), apresentado na terça-feira (15), em Brasília, com o Ministério da Saúde do Brasil. No cenário mais positivo, os casos da malformação vinculados à epidemia ainda trariam despesas de 3 bilhões de dólares.

A análise “Uma avaliação do impacto socioeconômica do vírus Zika na América Latina e no Caribe: Brasil, Colômbia e Suriname como estudos de caso” revela que, de 2015 até 2017, o custo socioeconômico da disseminação do zika na região poderá chegar a 18 bilhões de dólares — aproximadamente 56 milhões de reais. Hipóteses mais otimistas preveem prejuízos de 7 bilhões de dólares.

Economias maiores como o Brasil devem arcar com uma parcela mais elevada do custo absoluto, mas os impactos mais severos serão sentidos em países mais pobres.

Haiti e Belize podem perder em torno de 1,13% e 1,19%, respectivamente, do Produto Interno Bruto (PIB) anualmente, em um cenário de infecção elevada. Os custos indiretos podem ser substanciais. As estimativas sugerem que a renda perdida, devido a novas obrigações com cuidados infantis, poderá variar de 500 milhões de dólares a 5 bilhões de dólares — aproximadamente de 1,5 a 15,5 bilhões de reais — para a região.

O Caribe é o mais afetado, com um impacto cinco vezes maior que a América do Sul. Mais de 80% das perdas potenciais em três anos devem-se à redução das receitas do turismo internacional, com o potencial de chegar a 9 bilhões de dólares — cerca de 28 bilhões de reais — em três anos ou 0,06% do PIB anualmente.

“Os surtos de doenças, além de terem consequências potencialmente graves para a saúde, podem devastar social e economicamente comunidades e minar os esforços nacionais de desenvolvimento. Embora uma resposta de emergência rápida e oportuna seja um passo indispensável para controlar a epidemia de zika, como é o caso do Brasil, há uma necessidade crescente de tratar dos efeitos menos evidentes desses surtos, ou seja, os impactos sociais, as perdas e dificuldades econômicas que aumentam as desigualdades preexistentes”, afirmou o diretor de país do PNUD, Didier Trebucq.

O estudo é fruto de uma parceria do PNUD com a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FIRC). Apresentando o relatório, a especialista em saúde e uma das autoras da análise, Pallavi Yagni, destacou que o zika afeta principalmente as populações mais pobres, sobretudo as mulheres pobres de áreas periféricas das cidades.

A especialista elencou, como desdobramentos sociais do zika, a exacerbação da pobreza e da desigualdade, o aumento da desigualdade de gênero, o aumento do estigma e dos desafios para o bem-estar dos afetados e a exposição dos desafios de governança.

Embora tenha havido esforços por parte dos três países contemplados no relatório, a avaliação mostra que as respostas nacionais ao vírus na região enfrentam vários desafios, incluindo modesta capacidade em sistemas de vigilância e diagnóstico, esforços de prevenção, alocação de recursos e coordenação.

Outra conclusão da pesquisa é de que as persistentes disparidades sociais e a desigualdade na cobertura dos serviços de saúde tornam mais difícil o atendimento efetivo dos grupos mais vulneráveis pelas respostas nacionais.

“A magnitude e a distribuição desigual do impacto do zika requerem, portanto, uma resposta multifacetada adequada, adaptada à situação e às necessidades de cada país. O governo brasileiro, por exemplo, já deu passos significativos nessa direção, com apoio dos estados e municípios, assim como da sociedade em geral”, observou Trebucq.

Brasil é ‘central’ no combate ao zika

Também presente no lançamento, o representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) no Brasil, Joaquin Molina, elogiou as ações do país para lidar com a epidemia.

“O Brasil é um país central no acúmulo de conhecimento. Foi o primeiros país com um grande surto que atingiu uma parte vulnerável da população. Aqui temos a oportunidade de fazer um acompanhamento para entender melhor as consequências e implicações do Zika em médio e longo prazos”, disse.

Durante o evento, Molina também mencionou que foi registrada uma tendência de redução nos casos de zika nas Américas do final de 2016 a meados de 2017. “Há várias possíveis explicações para isso. Mas identificamos dois motivos principais. Primeiro, é que à medida que a população é infectada pelo zika passamos a ter menos pessoas suscetíveis ao vírus. A segunda são os fatores sazonais e as medidas de controle vetorial adotadas.”

De maio de 2015 a dezembro de 2016, foram relatados mais de 710 mil casos de zika nas Américas, dos quais 177,5 mil (25%) foram confirmados, embora se saiba que a quantidade é maior, uma vez que há casos assintomáticos e subnotificação — seja porque as pessoas não chegam a procurar um serviço de saúde, seja porque o diagnóstico não foi preciso.

O representante da OMS no Brasil acrescentou ainda que 29 países e territórios em todo o mundo notificaram, até maio deste ano, 2.656 casos de síndrome congênita do vírus zika, sendo 2.366 registrados no território brasileiro.

Nas Américas, 48 nações e territórios notificaram casos de transmissão autóctone (dentro do território nacional) do zika por mosquitos e cinco relataram transmissão sexual do vírus — Argentina, Chile, Canadá, Estados Unidos e Peru — desde 2015.

A avaliação de impacto do PNUD conclui que o preparo e as estratégias de resposta regionais e nacionais precisam ser fortalecidas e devem envolver as comunidades. Como visto recentemente com o zika e a febre amarela, as epidemias espalhadas por mosquitos podem se expandir rapidamente, e os governos e as populações devem estar prontos para reagir.

Além disso, o relatório enfatiza que a promoção da igualdade de gênero e da saúde sexual e reprodutiva é indispensável para que qualquer resposta ao zika seja eficaz.

ONU e Ministério da Saúde lançam amanhã (15) relatório sobre impacto socioeconômico do vírus zika

Mosquitos Aedes aegypti transmitem dengue, chikungunya e zika. Foto: AIEA
Mosquitos Aedes aegypti transmitem dengue, chikungunya e zika. Foto: AIEA

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Ministério da Saúde lançam nacionalmente o Relatório “Avaliação do Impacto Socioeconômico do Vírus Zika na América Latina e Caribe: Brasil, Colômbia e Suriname como estudos de caso”, amanhã, terça-feira, 15 de agosto, em Brasília (detalhes no serviço abaixo).

O documento é uma contribuição aos esforços dos governos da América Latina e do Caribe, em especial do Brasil, da Colômbia e de Suriname, para conceber respostas nacionais ao vírus Zika. O relatório foi preparado por uma equipe conjunta de especialistas liderada pelo PNUD, em parceria com a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC) e com a colaboração do Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal) e da Universidade Johns Hopkins (JHU).

O evento contará com as presenças de representantes de organismos internacionais, gestores públicos, técnicos, pesquisadores e especialistas do vírus Zika, entre eles, uma das pesquisadoras responsáveis pelo estudo, Pallavi Yagnik.

Programação do evento:

10:00 – 10:30 Abertura.
10:30 – 12:30 Mesa de Debate: Avanços e desafios do Zika no Mundo e no Brasil.

10:30 – 10:45 Apresentação de informações atualizadas pela OMS/PAHO – Dr. Joaquin Molina, Representante da OPAS/Brasil.
10:45 – 11:15 Apresentação dos principais achados e recomendações do Relatório – Sra. Pallavi Yagnik.
11:15 – 11:25 Comentários do Ministério da Saúde – Sr. João Paulo Toledo, Diretor Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde.
11:25 – 11:35 Comentários do Ministério Desenvolvimento Social – Sra Daniela Sant’Ana, Ministério de Desenvolvimento Social.
11:35 – 11:45 Comentários da Fiocruz e do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF) – Dra. Martha Moreira – Vice-diretora de Ensino.
11:45 – 11:55 Comentários da Universidade de São Paulo (USP) – Dr. Esper Kallás – Coordenador do Programa de Pós-gradução em Alergia e Imunopatologia da Faculdade de Medicina da USP.
11:55 – 12:30 Perguntas e respostas.

12:30 – 12:45 Encerramento.

SERVIÇO:
Lançamento do relatório: “Avaliação do Impacto Socioeconômico do Vírus Zika na América Latina e Caribe: Brasil, Colômbia e Suriname como estudos de caso”, de PNUD e Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC), com apoio do Ministério da Saúde.
Local: Hotel Brasília Palace – Setor Hoteleiro de Turismo Norte – Trecho 1 – Lote 1 – Sala Alvorada – Brasília – DF.
Dia: 15/08/2017 – Terça-feira.
Hora: 10h – 12h45.

Contatos para a imprensa:
Unidade de Comunicação do PNUD – Brasil
Luciano Milhomem – Coordenador de Comunicação – (61) 3038-9117.
Gabriela Borelli – Analista de Comunicação – (61) 3038-9119.

Agência da ONU celebra parceria com Fiocruz

Maria Dolores Perez-Rosales, da OPAS, em cerimônia na Câmara dos Deputados que lembrou o centenário da morte de Oswaldo Cruz, marcado em 9 de agosto de 2017. Foto: OPAS
Maria Dolores Perez-Rosales, da OPAS, em cerimônia na Câmara dos Deputados que lembrou o centenário da morte de Oswaldo Cruz, marcado em 9 de agosto de 2017. Foto: OPAS

Em sessão da Câmara dos Deputados para homenagear o centenário da morte do médico Oswaldo Cruz, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) celebrou na quarta-feira (9) a parceria com a fundação que leva o nome do sanitarista.

Atualmente, a FIOCRUZ, a agência regional da ONU e também a Organização Mundial da Saúde (OMS) cooperam em diferentes setores para promover o bem-estar da população do Brasil e de outros países

“A OPAS/OMS se sente honrada em ter a fundação que leva o nome de Oswaldo Cruz como um Centro Colaborador para Políticas Farmacêuticas, para Educação de Técnicos de Saúde, para Saúde Pública e Ambiental, para Leptospirose e para Saúde Global e Cooperação Sul-Sul. Nossas instituições são parceiras há vários anos. Essa colaboração nos permite desenvolver ações que beneficiam milhões ou até mesmo bilhões de pessoas”, afirmou a representante adjunta da OPAS, Maria Dolores Perez-Rosales.

A OPAS/OMS apoia a FIOCRUZ na vigilância ambiental do vírus da pólio e no fornecimento de imunobiológicos para outros países, como é o caso da vacina contra a febre amarela.

Os laboratórios da instituição de pesquisa brasileira também determinam a cepa do vírus da influenza que circula no Brasil. Isso permite que a OMS tome as medidas necessárias para garantir a produção de vacinas eficazes em todo o mundo.

Além disso, o organismo internacional e a FIOCRUZ fazem parte do Microcephaly Epidemic Research Group (MERG), grupo de especialistas que está desenvolvendo um estudo caso-controle sobre aspectos da Síndrome Congênita do Vírus Zika. Os resultados preliminares dessa pesquisa já mostraram que há uma forte associação entre a microcefalia e a confirmação laboratorial de infecção pelo vírus zika.

“As nossas instituições também estão trabalhando juntas para o desenvolvimento de novas tecnologias de combate aos mosquitos causadores da dengue, zika, chikungunya e febre amarela, como o uso da bactéria Wolbachia, para torná-los incapazes de transmitir o vírus e a expansão de uma estratégia de disseminação de inseticidas por mosquitos”, lembrou Maria Dolores.

A representante destacou ainda que a OPAS/OMS e a FIOCRUZ treinam, juntas, profissionais de saúde dentro e fora do Brasil, por meio da ativação de redes de ensino. “Esses são apenas alguns exemplos dos frutos que nossa parceria tem rendido. Esperamos que os resultados de todo esse trabalho continuem a ser referência no mundo e que o Brasil continue a produzir mentes tão brilhantes como a de Oswaldo Cruz”, acrescentou a especialista.

UNICEF realiza seminário na BA sobre direitos de crianças com síndrome congênita do zika

Mãe alimenta o filho com microcefalia em Pernambuco. Foto: UNICEF/BRZ/Ueslei Marcelino
Mãe alimenta o filho com microcefalia em Pernambuco. Foto: UNICEF/BRZ/Ueslei Marcelino

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) realizou nesta semana em Salvador (BA) o “Seminário Internacional Infância em Tempos de Zika”, que tratou de questões de prevenção, cuidado e garantia de direitos de crianças, mulheres e famílias afetadas pelo vírus.

O seminário teve como objetivo compartilhar experiências, desafios e boas práticas entre Brasil, países latino-americanos, caribenhos e africanos no contexto do vírus zika. A iniciativa foi parte da Feira Soluções para a Saúde – Zika, organizada pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) para debater soluções para as arboviroses que acometem o Brasil.

O evento reuniu mães de crianças acometidas pela síndrome congênita do zika e outras deficiências, além de gestores públicos, profissionais de saúde e especialistas nacionais e internacionais. Foram realizados painéis e debates, além de oficinas de estímulo para crianças com alterações de desenvolvimento. Foi apresentado também um kit multissensorial desenvolvido pelo UNICEF.

“O seminário internacional é uma oportunidade única para se pensar e se propor uma agenda afirmativa de inclusão e de garantia dos direitos para todas as crianças com deficiência e suas famílias”, disse Cristina Albuquerque, chefe de Saúde, HIV/Aids e Desenvolvimento Infantil do UNICEF no Brasil.

O trabalho do UNICEF na resposta brasileira ao zika

Em 2015, o início da epidemia do vírus zika no país revelou grandes desafios para as políticas de saúde, educação e assistência social, em especial, para garantir os direitos das famílias e das crianças em situação de maior vulnerabilidade.

Além disso, colocou, no centro do debate, questões relativas às pessoas com deficiência, considerando que as mesmas continuam a enfrentar barreiras no acesso às políticas públicas.

A infecção pelo vírus zika deixou sequelas irreversíveis de longo prazo nas crianças, nos adolescentes e nas famílias mais vulneráveis no Brasil e na região que engloba o Caribe e a América Latina. Só no Brasil, foram 2.753 casos confirmados desde o início da epidemia.

Trabalhando com o governo em diferentes níveis, o UNICEF participou ativamente da resposta brasileira à epidemia contribuindo para a articulação e promoção de políticas públicas intersetoriais de combate ao vetor, nos municípios do Semiárido e da Amazônia, e no cuidado e apoio às crianças e às famílias, com a implementação do projeto Redes de Inclusão em dois municípios, Campina Grande (PB) e Recife (PE).

Atualmente, o UNICEF foca seu trabalho na conclusão e validação de todo o material e das metodologias do programa Redes de Inclusão, sua principal ação de resposta ao vírus zika no Brasil. Em parceria como Ministério da Saúde, o material e as metodologias serão disseminadas em Estados e municípios priorizados.

Agências da ONU discutem consequências da epidemia de zika para as mulheres brasileiras

No Brasil, vírus zika já circula por 18 estados. Foto: FotosPúblicas / Rafael Neddermeyer
Aedes aegypti, mosquito transmissor do zika. Foto: FotosPúblicas / Rafael Neddermeyer

Em Salvador, agências da ONU participaram na segunda-feira (7) do 6º encontro da Sala de Situação, Ação e Articulação sobre Direitos das Mulheres no contexto da epidemia de zika. Reunião contou com a participação de especialistas da Fundação Oswaldo Cruz e de representantes da sociedade civil. Iniciativa das Nações Unidas visa criar canais de comunicação entre gestores e população, fortalecendo o debate sobre as respostas ao vírus.

A Sala de Situação é “um espaço de discussão, compartilhamento de informações sobre saúde e definição de ações em parceria que tem sido fundamental para o engajamento da sociedade civil e para a construção de posicionamentos conjuntos com a ONU”, defendeu o representante do Fundo de População das Nações Unidas no Brasil (UNFPA), Jaime Nadal.

O dirigente acrescentou que as discussões também têm “servido para articular as políticas públicas relacionadas ao zika às questões de gênero e saúde reprodutiva, colocando-as como elementos centrais para a consolidação dos avanços sociais do país”.

O UNFPA, a ONU Mulheres e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) são os três organismos das Nações Unidas responsáveis pela criação do programa, que promove encontro regulares. Além de Nadal, também participaram da reunião da segunda-feira especialistas das outras duas agências da ONU.

Em março desse ano, a Sala de Situação completou um ano. O projeto começou com a mobilização de 25 entidades e organizações. Atualmente, 40 instituições participam da iniciativa.

Feira científica busca estratégias inovadoras na luta contra o zika

O encontro da Sala de Situação aconteceu na véspera da Feira de Soluções para a Saúde — Zika, que teve início nesta terça-feira (8), também na capital baiana. Evento promoverá amplo debate sobre o atual estado da epidemia, reunindo até a próxima quinta (10) pesquisadores, estudantes, empresas, profissionais de saúde, movimentos sociais e famílias com crianças que nasceram com a síndrome congênita associada ao vírus.

A proposta da Feira é fomentar as discussões sobre estratégias inovadoras de enfrentamento à doença, bem como a outras arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti — dengue e chikungunya. Um dos objetivos do encontro é discutir as implicações do zika para as decisões reprodutivas de mulheres e casais, uma vez que a patologia pode provocar transtornos neurológicos em bebês e pode ser transmitida em relações sexuais.

Ao longo do evento, o UNFPA apresentará a campanha de comunicação “Mais Direitos, Menos Zika”, um projeto que promove acesso a informação e a métodos contraceptivos. A iniciativa nasceu da necessidade, identificada na Sala de Situação, de se complementar a linha oficial de comunicação adotada no combate da epidemia, muito centrada no controle do vetor — o Aedes aegypti — e pouco voltada para os direitos reprodutivos das populações afetadas.

Saiba mais sobre a “Mais Direitos, Menos Zika” clicando aqui.

A campanha é liderada pelo UNFPA e realizada em parceria com a OPAS, a ONU Mulheres, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), a Fundação Oswaldo Cruz e a Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE). Projeto conta com o apoio financeiro dos governos britânico, canadense e japonês.