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OMS lança manual para fortalecer a legislação de segurança no trânsito

Excesso de velocidade e beber e dirigir são apontadas como causas de muitos acidentes. Foto: EBC/Massao Uehara.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um manual de recursos e práticas que podem ser adotados por gestores e profissionais para fortalecer a legislação de segurança no trânsito. A iniciativa dá continuidade à resolução da Assembleia Geral da ONU de 2012 que estimula a regulamentação nacional da segurança viária e dos seus principais fatores de risco, em meio à Década de Ação para a Segurança no Trânsito 2011–2020, promovida pela ONU.

O manual – Fortalecendo a Legislação da Segurança no Trânsito: Manual de recursos e prática dos países – tem o objetivo de desenvolver a compreensão da estrutura legal de segurança de trânsito e dos seus processos relevantes de aplicação em um país. A publicação também discute as leis e os regulamentos nacionais atuais, apoia a elaboração de planos de ação para os maiores fatores de risco e para a atenção após o acidente, além de identificar as barreiras e os recursos disponíveis ao fortalecimento efetivo da legislação.

Os acidentes viários são uma das principais causas de morte e muitos países não contam com legislação nacional abrangente sobre a segurança de trânsito. No entanto, alguns países, sobretudo os de alta renda, já obtiveram progressos na redução do número de lesões e de mortes relacionadas a esses acidentes por meio de programas eficazes de segurança que incluíram mudanças legislativas.

Foram reconhecidos cinco principais fatores de risco na segurança de trânsito, dentre os quais estão o excesso de velocidade, beber e dirigir, não usar capacete de motociclista, não usar cinto de segurança e não usar dispositivo de retenção para crianças.

Assim, o manual indica etapas básicas para que os países possam desenvolver as mudanças legislativas necessárias, os processos para identificar as lacunas das legislações vigentes, links para recursos de informação – como acordos internacionais e orientação baseada em evidências – e as etapas para o desenvolvimento de campanhas a favor de tais mudanças.

O documento da OMS ressalta que as leis e os regulamentos devem apresentar disposições claras de fiscalização, uma vez que a aplicação coerente e sustentada dos mesmos é o único modo de garantir a efetividade das intervenções legais. Além disso, as penalidades devem ser proporcionais à infração e baseadas no conhecimento atual da sua eficácia.

Chefe da ONU cria comissão independente para investigar incidentes reportados no conflito em Gaza

Criança passeia por bairro destruído em Gaza. Foto: UNRWA
Criança passeia por bairro destruído em Gaza. Foto: UNRWA

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, anunciou nesta segunda-feira (10) a formação de uma comissão de inquérito interno destinada a rever “alguns incidentes” reportados nas instalações das Nações Unidas na Faixa de Gaza durante o recente conflito entre facções palestinas e o Estado de Israel.

Durante sua visita no mês passado ao enclave devastado pela guerra, o secretário-geral pediu uma investigação completa sobre os incidentes em que instalações da ONU – incluindo escolas administradas pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) – foram alvos de ataques resultando na morte de civis inocentes e membros da equipe da ONU.

Além disso, o secretário-geral acrescentou: o conselho também vai “revisar e investigar os incidentes em que as armas foram encontradas nas instalações das Nações Unidas”.

Ao relatar sua visita a Faixa de Gaza, Ban Ki-moon expressou horror ao ver a extensão da destruição, afirmando que “nada poderia ter me preparado para o que eu testemunhei”.

A comissão responsável pelo inquérito será liderada por Patrick Cammaert da Holanda com participação de Maria Vicien-Milburn, da Argentina, Lee O’Brien, dos Estados Unidos, Pierre Lemelin, do Canadá, e KC Reddy, da Índia.

‘A educação deve estar no centro do planejamento para um futuro sustentável’, diz UNESCO

Foto: UNESCO
Foto: UNESCO

O papel que a educação pode desempenhar na preparação de jovens do mundo inteiro para um futuro sustentável está se tornando cada vez mais relevante, principalmente no momento em que o planeta está enfrentando crescentes desafios econômicos, sociais e ambientais, declarou a diretora-geral da Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Irina Bokova, na abertura da Conferência Mundial sobre a Educação para o Desenvolvimento Sustentável, nesta segunda-feira (10).

“Tecnologia, regulamentações políticas e incentivos financeiros não são suficientes para alcançar o desenvolvimento sustentável. Nós precisamos mudar a forma como pensamos e agimos, como indivíduos e como sociedade”, disse Bokova. “Este é o objetivo da educação para o desenvolvimento sustentável”, acrescentou.

A Conferência Mundial, realizada em em Aichi-Nagoya, no Japão, terminará na próxima quarta-feira (12) e reúne mais de mil participantes, entre eles, representantes de mais de 100 países. O objetivo é fazer um balanço das ações realizadas globalmente durante a Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2014) da UNESCO, e levantar questões sobre os desafios que a comunidade internacional irá enfrentar nos próximos anos.

Na ocasião, a UNESCO apresentou o relatório “Construindo o Futuro que Queremos“, como parte da avaliação da Década. Através de questionários respondidos por 70 países, a agência verificou que dois terços destes países já têm uma estratégia nacional de educação para o desenvolvimento sustentável ou plano em prática. Segundo a agência da ONU, estes dados indicam um maior reconhecimento mundial sobre a educação como uma ferramenta fundamental para as sociedades buscam alcançar esse objetivo.

Defensoria de São Paulo firma acordo com ACNUR para efetivação de direitos de refugiados e apátridas

Assinatura do acordo de cooperação entre a Defensoria de São Paulo e o ACNUR. Foto: Facebook Defensoria Pública de São Paulo
Assinatura do acordo de cooperação entre a Defensoria de São Paulo e o ACNUR. Foto: Facebook Defensoria Pública de São Paulo

A Defensoria Pública de São Paulo e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) formalizaram na última sexta-feira (07) um acordo de cooperação entre as instituições, com objetivo de garantir a efetivação dos direitos humanos, civis, sociais, econômicos e políticos das pessoas refugiadas, solicitantes de refúgio, apátridas, deslocadas internamente ou outros sujeitos que necessitem de proteção internacional, assegurando-lhes o acesso à justiça.

O documento foi assinado pelo defensor público-geral, Rafael Vale Vernaschi, e pelo representante da ACNUR no Brasil, Andrés Ramirez, durante a realização do curso “Defensoria Pública Estadual e a efetivação dos direitos de refugiados, apátridas, deslocados internos e solicitantes de refúgio”, promovido pela Escola da Defensoria Pública de SP (Edepe), com apoio do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública.

O acordo prevê a concentração de esforços das instituições para identificar aqueles que carecem de assistência judiciária, a fim de que suas diferentes necessidades de proteção sejam atendidas conforme a legislação brasileira. Há, ainda, previsão da participação de defensores públicos no Comitê Estadual para Refugiados.

A realização do seminário cumpre uma das determinações do acordo assinado, que prevê a realização de cursos de capacitação e conhecimento de defensores públicos com temas relacionados ao direito internacional de refugiados e apátridas.

ONU aplaude condenação de líder de milícia por crimes de guerra na República Democrática do Congo

Crianças-soldados guardam uma estrada perto de Bunia, na região de Ituri, na República Democrática do Congo (RDC). Foto:UNICEF /LeMoyne
Crianças-soldados guardam uma estrada perto de Bunia, na região de Ituri, na República Democrática do Congo (RDC). Foto:UNICEF /LeMoyne

O chefe da Missão de Paz da ONU na República Democrática do Congo (MONUSCO), Martin Kobler, parabenizou a condenação do ex-comandante de um grupo miliciano, acusado de crimes de guerra, como um passo importante para reforçar o Estado de Direito no país africano dilacerado pela guerra.

“Aplaudo a determinação das autoridades judiciárias da República Democrática do Congo (RDC) no combate eficaz contra a impunidade”, afirmou Kobler

Segundo Kobler, a MONUSCO continuará apoiando o sistema de justiça da RDC em seus esforços na implementação de uma política de tolerância zero às piores formas de violência cometidas contra civis em tempos de conflito.

No dia 7 de novembro, um tribunal militar condenou o general Jérôme Kakwaku a 10 anos de prisão por “crimes graves” cometidos em Ituri, no leste do país, por membros das Forças Armadas do Povo Congolês (FAPC).

Segundo a MONUSCO, sob a liderança do general Kakwaku, a FAPC devastou a região de Ituri entre 2003 e 2005, perpetuando uma série de “violações graves dos direitos humanos”, incluindo a execução e prisão arbitrária, estupro, tortura e detenção ilegal. Ele também está sendo responsabilizado por massacres cometidos em Kobu e Jicho em janeiro de 2003.