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OMS e parceiros querem mais esforços contra tuberculose

Agência estabelece meta para tratamento e diagnóstico de 1 milhão de pacientes que têm variante multiresistente da doença, entre 2011 e 2015.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, e os parceiros da agência pediram a líderes mundiais que aumentem seus compromissos na luta contra a tuberculose resistente a medicamentos.

Entre os colaboradores da agência estão o Fundo Global de Combate à Aids, Tuberculose e Malária e a Parceria pelo Fim da Tuberculose. A OMS quer mais financiamento para a meta de diagnosticar e tratar cerca de 1 milhão de pacientes com a tuberculose resistente entre 2011 e 2015.

Avanços

O alerta foi feito para o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, neste 24 de março. A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, afirmou que enquanto muitos países conseguiram avanços contra a doença, o mundo ainda precisa fazer mais pelas pessoas que necessitam de assistência.

O especialista em Doenças Infecciosas e professor da USP, Olavo Munhoz Leite, falou à Rádio ONU, de São Paulo, sobre a importância de se seguir o tratamento até o final.

“Em geral, quando as pessoas abandonam com um mês, um mês e meio, não é suficiente para você eliminar os bacilos que a pessoa tem no pulmão. Ela volta com o sintoma. Se ela não procurar tratamento, começa a contaminar outras pessoas. Mas esse abandono tem outro fator importantíssimo, que é a chance que os bacilos da tubercolose se tornem resistentes ao medicamento,”explicou.

Segundo a OMS, se nada for feito para tratar casos de tuberculose multiresistente, até 2015, o mundo terá mais de 2 milhões de novos casos.

Em 2009, a tuberculose matou 1,7 milhão de pessoas. Um ano antes, a forma resistente da doença fez 150 mil vítimas fatais.

Clique aqui para ouvir a matéria da Rádio ONU.

Relatório traz informações sobre contaminação de alimentos no Japão

Em um documento conjunto, lançado hoje (23/03) para responder a “algumas das crescentes preocupações internacionais sobre a segurança dos alimentos produzidos no Japão”, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmaram que, apesar de haver indícios de contaminação de alguns alimentos produzidos no Japão, não há relatos de contaminação destes alimentos em outros países.

De acordo com as agências, a radioatividade da usina nuclear Fukushima Daiichi, atingida pelo recente terremoto e tsunami, foi detectada em alguns vegetais e no leite, com nível de iodo radioativo acima dos limites regulamentados do país, e com menores concentrações de césio.

Se ingerido, o iodo radioativo pode se acumular no corpo, aumentando o risco de câncer na tireóide, especialmente em crianças. Tomar iodeto de potássio é um método usado para prevenir o acúmulo de iodo radioativo na tireóide. A ingestão de alimentos contaminados com césio radioativo também pode ter efeitos danosos à saúde. Ele pode ficar retido no ambiente por muitos anos, apresentando um risco para a produção de alimentos, e ameaçando a saúde humana. “A situação tem de ser cuidadosamente monitorada”, disseram as agências.

Entre os conselhos dados aos consumidores e produtores de alimento estão a proteção de alimentos e animais que ficam a céu aberto através do uso de lonas de plástico impermeáveis; o fechamento da ventilação em estufas e realização da colheita de culturas antes de serem registradas precipitações. As agências também recomendaram às pessoas que evitem o consumo de leite, vegetais e peixes nas áreas mais atingidas pela contaminação.

No 100º Dia Internacional da Mulher, ONU faz balanço de conquistas e desafios

Aproveitando a celebração do 100° aniversário do Dia Internacional da Mulher (08/03) funcionários das Nações Unidas lembraram as conquistas das mulheres ao longo dos anos e fizeram um alerta para os desafios que ainda permanecem.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que, em muitos países, mulheres e meninas continuam sofrendo discriminação e violências inaceitáveis, dizendo que “em casa e na escola, no trabalho e na comunidade, muitas vezes ser mulher significa ser vulnerável”. Ban também observou que, enquanto mais mulheres em mais países estão assumindo seu lugar legítimo nos postos de decisão, menos de 10% dos países têm mulheres como Chefes de Estado ou de Governo.

A Diretora Executiva da ONU Mulheres, Michelle Bachelet, destacou os ganhos das mulheres nos últimos 100 anos, principalmente na conquista dos direitos, mas afirmou que as esperanças de igualdade expressadas no primeiro Dia Internacional da Mulher, cem anos atrás, ainda estão longe de serem alcançadas. “A força, a produção e a sabedoria das mulheres continuam sendo os maiores recursos inexplorados da humanidade”, disse Bachelet. “Não podemos esperar mais cem anos para libertar esse potencial.”

A Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, dedicou sua mensagem aos papéis corajosos que as mulheres têm desempenhado nas recentes manifestações pacíficas no Norte da África e no Oriente Médio, lembrando que em momentos de transições históricas é importante assegurar que os direitos das mulheres não sejam postos de lado e que sejam tratados como prioridade.

Ressaltando os avanços feitos na saúde das mulheres e meninas, como reformas na idade mínima de casamento e de consentimento sexual, aborto seguro, contracepção e no progresso para acabar com violência sexual, a Diretora Geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) Margaret Chan também lembrou os desafios a serem enfrentados. Entre eles estão as altas taxas de HIV entre mulheres, o aumento do consumo de tabaco e outras formas de violências relacionadas ao gênero, ressaltando que a falta de educação afeta negativamente a fertilidade, as taxas de tabagismo e a prevenção ao HIV.

Ajuda humanitária chega à Líbia

Valerie AmosConfrontada com um êxodo de refugiados da Líbia em meio à violência de Muammar Qaddafi, a possível escassez de comida e remédios e a crescente insegurança, a ONU está aumentando os esforços de auxílio no país, ao longo das fronteiras e nos países vizinhos. A Subsecretária-Geral para Assuntos Humanitários e Coordenadora de Socorro de Emergência, Valerie Amos, anunciou hoje que o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) pretende instalar rapidamente uma equipe no Cairo (Egito) para reforçar o escritório do Coordenador Residente da ONU em Trípoli, capital da Líbia, e colocar imediatamente em prática mecanismos de coordenação.

Coordenadores Residentes são os representantes designados pelo Secretário-Geral para as operações de desenvolvimento. “O braço humanitário da Organização das Nações Unidas está tomando todas as medidas para garantir que estaremos preparados para qualquer eventualidade,” disse Amos em entrevista coletiva em Nova York. Em seu discurso à imprensa, ela expressou profunda preocupação com “as notícias alarmantes” de violência contínua na Líbia, citando relatos de que civis, incluindo mulheres e crianças têm sido gravemente feridos, com estimativas de mortos que vão de centenas a milhares, enquanto mais de cem mil pessoas já fugiram para países vizinhos.

O Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) enviou equipes para o Egito e para a Tunísia. A Organização Mundial de Saúde (OMS) enviou kits cirúrgicos e de emergência para Benghazi, cidade mais ao leste comandada por forças de oposição, considerando precária a situação de saúde.
“Os governos têm mostrado incrível generosidade e pessoas comuns, especialmente na Tunísia, tem acolhido pessoas em suas casas,” disse Amos, pedindo que Egito e Tunísia mantenham suas fronteiras abertas para aqueles que fogem e que países da União Europeia também ajudem.

O Programa Mundial de Alimentos (PMA) está despachando equipes às fronteiras para avaliar as necessidades e “fazer planejamento de contingência para a entrega de ajuda alimentar às pessoas afetadas pela violência dentro da Líbia, se houver necessidade e uma vez que a situação de segurança permita,” acrescentou. A principal preocupação, segundo ela, é conseguir o acesso a Trípoli e regiões vizinhas, onde a situação de segurança é “extremamente volátil,” observando que, de acordo com relatórios, suprimentos conseguiram passar por Benghazi e pelo leste, onde a situação é “quase normal.”

“Queremos entrar para fazer avaliações adequadas,” disse. “Estamos vendo, é claro, fotografias terríveis em nossas telas de televisão, conforme as pessoas fogem, mas precisamos fazer um balanço sobre quais são as necessidades reais.”

ONU diz que epidemia de cólera no Haiti está diminuindo

Dados divulgados nesta sexta-feira sugerem que o índice de mortalidade baixou 2%; doença já matou mais de 4,5 mil pessoas.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.*

O Escritório de Assistência Humanitária das Nações Unidas, Ocha, informou que os níveis de infecção do cólera no Haiti estão diminuindo.

Desde o surgimento do surto, em outubro passado, a doença já matou 4549 pessoas no país. Dados divulgados nesta sexta-feira sugerem que o índice de mortalidade foi reduzido em 2%.

Novos Surtos

De acordo com o Ocha, uma das maiores preocupações das agências humanitárias é assegurar o tratamento de moradores de áreas remotas.

No total, mais de 231 mil pessoas foram contaminadas com a doença.

Junto com o governo haitiano, especialistas da Organização Mundial da Saúde, OMS, continuam na ilha caribenha para executar estratégias de contenção de novos surtos de cólera.

Uma das medidas é o estabelecimento de centros de tratamento em todos os postos de saúde primária. O plano também inclui treinamento de pessoal de saúde local.

Até o momento, o apelo para financiar a resposta ao surto de cólera no Haiti recebeu menos da metade da quantia pedida.

*Apresentação: Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

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