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Gaza: enviado da ONU para o esporte manifesta preocupação com o banimento de organização voltada à juventude

Wilfried LemkeA ONU manifestou preocupação com a decisão das autoridades locais, em Gaza, de fechar uma organização não-governamental (ONG) cujo trabalho era voltado aos jovens e pediu a suspensão incondicional do banimento. O Fórum da Juventude Sharek, fechado à força no dia 30 de novembro, é “um parceiro fundamental” da ONU na região, particularmente no contexto dos Jogos de Verão de Gaza, disse o Conselheiro Especial sobre Desporto e Desenvolvimento do Secretário-Geral, Wilfried Lemke.

“Este ano, a ONG foi fundamental para proporcionar atividades recreativas e educativas para mais de 60 mil crianças e jovens, bem como formação profissional para cerca de dois mil instrutores voluntários,” disse em declaração divulgada na sexta-feira (10/12). Os Jogos de Verão de Gaza, um evento que vem sendo organizado anualmente desde 2007 pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA), realizam uma série de atividades esportivas, recreativas e educativas para cerca de 250 mil crianças e jovens na Faixa de Gaza.

“A ONU necessita da assistência profissional e dedicada de seus parceiros, inclusive o Fórum da Juventude Sharek, se pretende ser bem-sucedida em seus esforços de apoiar as pessoas que vivem em Gaza. Para não mencionar que esses parceiros são fonte crucial de oportunidades profissionais, resolvendo parcialmente, portanto, a situação econômica alarmante na Faixa,” disse Lemke.

A declaração de Lemke ecoa as preocupações expressas, na semana passada, pelo Coordenador Humanitário Residente das Nações Unidas no território Palestino ocupado, Max Gaylard, que também frisou a importância do papel do Fórum da Juventude Sharek, em parceria com a ONU, na promoção da capacitação da juventude no território Palestino. Desde sua criação, em 1996, o Fórum se estabeleceu como uma organização altamente respeitada, amenizando as condições de vida em Gaza.

ONU pede o retorno de famílias palestinas um ano após despejo

Comissário-Geral da UNRWA, Filippo Grandi. Foto: ONUNa “triste ocasião” do aniversário de um ano dos despejos de refugiados palestinos de suas casas em Jerusalem Oriental, ontem (2), o Comissário-Geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA), Filippo Grandi, pediu às autoridades israelenses que deixassem as famílias retornarem às suas casas e protegessem os direitos dos palestinos.

Há um ano, 11 famílias palestinas foram forçadamente removidas do bairro árabe Sheikh Jarrah, onde viviam há mais de 50 anos, por forças de segurança, sendo substituídas por israelenses, que se mudaram para suas casas. Esse tratamento já foi visto em outras localidades como Silwan, Beit Hanina e Cidade Velha, onde muitas pessoas têm medo de demolições e despejos.

Grandi disse que se encontrou com representantes das famílias “afetadas pelo que foi – e continua a ser – um exemplo de grave violação dos direitos fundamentais, que ocorre frequentemente no território palestino ocupado”. Os representantes falaram sobre o desastre emocional e o dano praticamente irreversível às suas vidas causado pelos despejos. O representante do UNRWA expressou a solidariedade da agência para a luta das famílias e se comprometeu a ajudar a solucionar o problema.

Ele ainda repetiu seu pedido a Israel para defender, proteger e promover os direitos e a liberdade dos palestinos, de acordo com as obrigações do país com as leis internacionais. Também frisou as responsabilidades da comunidade internacional para assegurar que Israel cumpra suas obrigações.

O UNRWA já forneceu ajuda emergencial, incluindo assistência financeira, a essas famílias num programa capitalizado pelo Departamento de Ajuda Humanitária da Comunidade Europeia (ECHO). A agência também ajudou famílias de Sheikh Jarrah. Grandi acrescentou que o UNRWA vai continuar a apoiar essas pessoas desalojadas e “a advogar por sua proteção sob as leis internacionais”.

Gaza recebe ajuda da União Europeia

O Programa de criação de empregos da Faixa de Gaza receberá 13 milhões de dólares em ajuda, beneficiando cerca de 1,4 milhões de desempregados na região.

O Programa de criação de empregos que receberá a doação é responsável pela geração de empregos temporários de modo a aliviar a crise de empregos e as altas taxas de pobreza em Gaza.“Financiar o programa de criação de empregos da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) nunca foi tão importante, já que a população local sofre com os efeitos do conflito.” declarou Comissária-Geral da UNRWA, Karen AbuZayd.

O fundo ajudará na criação de mais de 17 mil empregos diretos e indiretos, beneficiando cerca de 105 mil pessoas. A UNRWA decidiu por priorizar projetos que ajudem tanto o setor privado, quanto os de assistência e prestação de serviços.Além disso, o dinheiro também ajudará a agência a cumprir com suas responsabilidades humanitárias e de desenvolvimento social.