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Missão de inquérito sobre incidente com flotilha em Gaza parte para Turquia e Jordânia

Navio saindo da Turquia em direção a Gaza. Foto: ONU.A missão de inquérito do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas que vai investigar o incidente com a frota de Gaza está visitando a Turquia e a Jordânia para entrevistar testemunhas e funcionários do governo. O grupo, independente e internacional, é composto por três peritos de alto nível. Técnicos e especialistas jurídicos acompanharão a missão, presidida pelo juiz Carlos T. Hudson-Phillips, ex-juiz do Tribunal Penal Internacional (TPI), na visita de duas semanas aos dois países.

Seus outros membros são Desmond de Silva, um ex-promotor-chefe do Tribunal Especial para Serra Leoa (TESL), e Shanthi Dairiam, membro da Força-Tarefa de Igualdade entre os Gêneros do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A missão passou duas semanas em Genebra (Suiça), onde elaborou seus termos de referência e manteve conversas com diplomatas, incluindo os embaixadores de Israel e Turquia. Na semana passada, eles entrevistaram testemunhas em Londres (Reino Unido) e em Genebra para recolher informações em primeira mão para avaliar os fatos sob a sua consideração.

Os 47 membros do Conselho de Direitos Humanos, sediado em Genebra, votaram em junho – com 32 votos a favor, três contra e nove abstenções – autorizar a missão para investigar o incidente com a frota, que havia partido da Turquia em direção a Faixa de Gaza. A missão deverá apresentar o seu relatório na próxima sessão do Conselho, em setembro.

Conselho de Direitos Humanos da ONU apresenta painel que investigará ataque mortal a flotilha da Faixa de Gaza

O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas anunciou hoje (23) os nomes dos três especialistas que irão servir em uma missão que investigará violações do direito internacional, em decorrência da interceptação por Israel de uma flotilha de ajuda humanitária com destino à Faixa de Gaza, resultando na morte de nove civis.

O Juiz Karl T. Hudson-Phillips, de Trinidad e Tobago; Sir Desmond de Silva, do Reino Unido; e Mary Shanthi Dairiam, da Malásia, irão compor o painel, afirmou o presidente do Conselho, o Embaixador Sihasak Phuangketkeow, da Tailândia. Mr. Phuangketkeow instou todas as partes a cooperarem plenamente com a missão, dizendo que esperava que seu trabalho contribua para a paz e a justiça na região. “A experiência, independência e imparcialidade dos membros da missão serão dedicados a esclarecer os acontecimentos que ocorreram naquele dia e sua legalidade”.

Os três especialistas vão agora traçar um plano de ação e de contato com todas as partes interessadas antes de viajar para a região, de acordo com um comunicado de imprensa emitido pelo Conselho de Direitos Humanos. Em seguida, painel publicará um relatório sobre suas conclusões ao Conselho, numa sessão em setembro.

O Conselho determinou a formação de uma missão de estudo no dia 2 de junho, três dias depois que membros da Forças de Defesa Israelenses (IDF, na sigla em inglês) interceptaram o comboio de seis navios em águas internacionais. A flotilha estava tentando entregar ajuda humanitária a Gaza, região que tem sido objeto de um bloqueio israelense desde 2007. Nove pessoas morreram e dezenas ficaram feridos.

Hudson-Phillips serviu como juiz do Tribunal Penal Internacional (TPI ou ICC, na sigla em inglês) entre 2003 e 2007. Sir Desmond foi o procurador-chefe do Tribunal Especial da ONU para a Serra Leoa (SCSL, na sigla em inglês) em 2005. Dairiam participa do Grupo de Trabalho sobre Igualdade de Gênero do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) desde 2007.

Gaza recebe ajuda da União Europeia

O Programa de criação de empregos da Faixa de Gaza receberá 13 milhões de dólares em ajuda, beneficiando cerca de 1,4 milhões de desempregados na região.

O Programa de criação de empregos que receberá a doação é responsável pela geração de empregos temporários de modo a aliviar a crise de empregos e as altas taxas de pobreza em Gaza.“Financiar o programa de criação de empregos da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) nunca foi tão importante, já que a população local sofre com os efeitos do conflito.” declarou Comissária-Geral da UNRWA, Karen AbuZayd.

O fundo ajudará na criação de mais de 17 mil empregos diretos e indiretos, beneficiando cerca de 105 mil pessoas. A UNRWA decidiu por priorizar projetos que ajudem tanto o setor privado, quanto os de assistência e prestação de serviços.Além disso, o dinheiro também ajudará a agência a cumprir com suas responsabilidades humanitárias e de desenvolvimento social.