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ONU parabeniza presidente eleito no Haiti

O presidente eleito Michel Martelly, do Haiti, realiza uam conferência de imprensa em Porto Príncipe.Um comunicado emitido pela Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH) nesta sexta-feira (22/04) em nome das Nações Unidas e de seus parceiros parabenizou o Presidente eleito do Haiti, Michel Martelly, dizendo que o órgão espera trabalhar em estreita parceria com a nova administração, que será inaugurada em 14 de maio.

“Desejamos a Martelly grandes sucessos durante seu mandato, que será crucial para o futuro do Haiti”, disse a MINUSTAH por meio do comunicado endossado também pelos principais apoiadores do processo eleitoral, como Brasil, Canadá, União Europeia, França, Espanha e Estados Unidos.

A declaração também ressaltou o trabalho minucioso do Centro de Apuração de Votos para identificar possíveis fraudes e irregularidades nas cédulas das eleições, e expressou o compromisso da ONU em apoiar o direito da população do Haiti de escolher seus líderes políticos através de eleições livres e justas. O comunicado pediu ainda que os agentes políticos e seus aliados permaneçam calmos e que trabalhem através de meios pacíficos.

ONU envia tropas para proteger civis em meio ao crescente aumento da violência na Costa do Marfim

A Missão de paz das Nações Unidas na Costa do Marfim (ONUCI) enviou tropas para  o oeste do país para proteger cerca de 10 mil civis que procuram refúgio em uma igreja em meio à crescente preocupação internacional com a situação humanitária. Tropas foram enviadas para Duékoué e Yamoussoukro, capital do país, para proteger os deslocados internos e outros civis que fugiram devido aos conflitos entre as forças aliadas do ex-Presidente,Laurent Ggabo, e do vencedor das eleições presidenciais, Alassane Ouattara.

“A situação humanitária é dramática e o sofrimento da população aumenta a cada dia”, afirmou o porta-voz da Missão, Hamadoun Touré. Ele disse que as prioridades da UNOCI são prevenir e evitar que atrocidades sejam cometidas contra civis – independentemente de sua posição política, etnia ou religião – e de aliviar a dor dos deslocados internos.

Mais de um milhão de pessoas está deslocada desde que a violência se instaurou na Costa do Marfim após as eleições presidenciais em novembro. A ONU alertou para o agravamento da situação humanitária, que levou muitas pessoas a fugiram para países vizinhos, principalmente a Libéria, onde há agora grande tensão em relação à disponibilidade de recursos. O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) relatou que houve também um “êxodo em massa” dos residentes de Abidjan, maior cidade costa marfinense, devido ao medo de que a violência atinja em breve a cidade.

O Chefe da ONUCI e Representante Especial do Secretário-Geral, Y.J.Choi, tem estado em contato com as partes envolvidas no conflito para buscar uma solução para a crise, enquanto as forçar militares da Missão estão realizando patrulhas regulares em Abidjan e outras áreas em risco iminente, para prevenir futuros ataques contra civis. Cerca de 500 pessoas já foram mortas no conflito.

Costa do Marfim: Conselho de Segurança impõe sanções contra Ggabo

O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta quarta-feira (30/03) uma resolução que impõe sanções contra o ex-Presidente da Costa do Marfim, Laurent Ggabo, bem como contra sua mulher e três membros de seu Governo. Ao adotar por unanimidade a resolução 1975, o Conselho exigiu a Ggabo, que se recusa a reconhecer a derrota nas eleições de novembro, que se afaste imediatamente do poder.

As sanções foram adotadas contra aqueles que, de acordo com o Conselho, têm impedido a paz e a reconciliação no país, dificultado o trabalho da Operação das Nações Unidas na Costa do Marfim (ONUCI) e de outros atores internacionais, e que têm cometido violações aos direitos humanos e ao direito internacional. Além do ex-Presidente e de sua mulher, Simone, altos-funcionários ligados à Ggabo também sofrerão bloqueios financeiros e serão impedidos de viajar.

Os quinze Membros do Conselho condenaram “de forma veemente o aumento recente da violência em todo o país, o que poderia levar a crimes contra a humanidade”. Eles também lamentaram o uso de meios de comunicação, como a televisão estatal RTI, para incitar a violência, a discriminação e o ódio, inclusive contra a ONUCI. A crise pós-eleitoral na Costa do Marfim já dura cinco meses, resultando na morte de cerca de 500 pessoas e deixando mais de um milhão de deslocados.

Costa do Marfim: helicóptero da ONU é alvo de ataque

A Operação das Nações Unidas na Costa do Marfim (ONUCI) condenou nesta terça-feira (29/03) o ataque contra um de seus helicópteros pela Força Republicana da Costa do Marfim (FRCI). Apesar dos disparos feitos, o helicóptero não foi atingido. A FRCI apoia Alassane Ouattara, eleito presidente em novembro, mas que ainda aguarda a posse devido à recusa de Laurent Ggabo a deixar o poder.

Em outro incidente violento, forças pró-Ggabo atiraram contra civis no subúrbio da capital comercial, Abidjan, matando dezenas de pessoas. Por meio de um comunicado, a ONUCI questionou se, diante do aumento da violência, o Presidente Ggabo ainda teria o controle sobre suas forças e aliados. “A ONUCI acredita que é imperativo acabar com este ciclo de violência através de uma solução definitiva para este impasse político, acabando com o sofrimento da população da Costa do Marfim.”

A crise política no país já levou 116 mil pessoas a se refugiarem em países vizinhos como Gana, Togo, Mali e, principalmente, Libéria, informou o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). O Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), por sua vez, disse que o apelo para o fundo de assistência aos refugiados na Libéria foi revisado, à medida que as exigências quase triplicaram.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) anunciou que vai focar em três tarefas na Costa do Marfim: levar 800 mil crianças de volta à escola, garantir serviço básico de saúde para mães e crianças e fornecer acesso à água e eletricidade para aproximadamente 1,5 milhão de pessoas. De acordo com a porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Fadéla Chaib, uma campanha de vacinação contra a febre amarela foi lançada em 25 de março, e continuará até 1° de abril, alcançando cerca de dois milhões de pessoas.

Durante apuração dos votos, MINUSTAH pede paciência aos haitianos

A Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH) pediu nesta segunda-feira (21/03) aos os candidatos e eleitores que aguardem com paciência e moderação a contagem e a tabulação dos votos do segundo turno das eleições presidenciais, realizadas no último domingo. A ex-Primeira Dama Mirlande Manigat, e o músico Michel Martelly disputam a presidência do país.

Por meio de um comunicado à imprensa, a MINUSTAH agradeceu a população pelo espírito patriótico, calmo e disciplinado “dando assim um exemplo de democracia” e elogiou também os esforços das autoridades para realizar uma eleição confiável e que permitisse que a visão popular fosse expressa. “O entusiasmo evidente dos eleitores é uma demonstração clara da importância que os haitianos dão à democracia”, declarou a Missão.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, também parabenizou a realização das eleições, reafirmando o compromisso da ONU em continuar ajudando o Haiti a construir um futuro próspero. “As Nações Unidas estão honradas em ajudar a população haitiana a exercer seu direito de escolher seu próximo Governo, cuja tarefa principal será a reconstrução do país, após as grandes tragédias que recaíram sobre ele no ano passado.”