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Famílias com crianças e adolescentes são mais afetadas pela pandemia no Brasil, diz pesquisa do UNICEF

Brasileiros que vivem em domicílios com crianças e adolescentes foram os mais impactados pela redução da renda, pela insegurança alimentar e pela fome. Foto: UNICEF/Elias Costa
Brasileiros que vivem em domicílios com crianças e adolescentes foram os mais impactados pela redução da renda, pela insegurança alimentar e pela fome. Foto: UNICEF/Elias Costa

Famílias com crianças ou adolescentes foram as mais afetadas pela crise provocada pela COVID-19 no Brasil. É o que revela a pesquisa Impactos Primários e Secundários da COVID-19 em Crianças e Adolescentes, lançada na terça-feira (25) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

Realizada pelo Ibope em todo o país, a pesquisa mostra que os brasileiros que vivem com pessoas menores de 18 anos em casa foram a maioria entre aqueles que tiveram redução de rendimentos, ficaram sujeitos à insegurança alimentar e, inclusive, à fome, entre outros desafios.

“Embora crianças e adolescentes não sejam os mais afetados diretamente pela COVID-19, a pesquisa deixa claro que eles são as grandes vítimas ocultas da pandemia”, afirma Paola Babos, representante adjunta do UNICEF no Brasil.

“Suas famílias tiveram as maiores reduções de renda, a qualidade da alimentação que recebem piorou, e muitos de seus direitos estão em risco. É fundamental entender esses impactos e priorizar os direitos de crianças e adolescentes na resposta à pandemia.”

A pesquisa revela, também, que grande parte das crianças e dos adolescentes — tanto de escolas particulares quanto públicas — continuou tendo acesso à aprendizagem na pandemia.

No entanto, 9% não conseguiram continuar a aprendizagem em casa, ampliando a exclusão no país. Entre os 91% das crianças que seguiram com acesso à educação, uma percentagem significativa não consegue estudar de maneira regular.

“Os resultados deixam claro que o acesso a direitos ocorre de forma desigual no Brasil. Com a pandemia, as disparidades podem se agravar, impactando fortemente quem já estava em situação de vulnerabilidade”, explica Paola.

Diante desse cenário, o UNICEF reforça o apelo para que o país dê prioridade às crianças e aos adolescentes na resposta à COVID-19. Isso significa destacar e priorizar os direitos e necessidades de meninas e meninos nos orçamentos, programas e projetos, visando mitigar os impactos da crise — em curto, médio e longo prazos — na vida de crianças, adolescentes e suas famílias.

Confira, a seguir, os principais pontos da pesquisa:

Impactos na renda familiar

A crise provocada pela COVID-19 afetou diretamente a renda dos brasileiros. Segundo a pesquisa, 55% afirmam que o rendimento de seus domicílios diminuiu desde o início da pandemia. Os impactos foram maiores nas famílias com crianças e adolescentes. Dessas, 63% viram sua renda diminuir.

A redução também está mais presente nas camadas mais pobres: 67% daqueles com renda familiar de até um salário mínimo tiveram redução de rendimentos, contra 36% daqueles com renda familiar de mais de 10 salários.

O auxílio emergencial foi pedido por 46% dos brasileiros entrevistados. Entre quem vive com crianças e adolescentes, o percentual chegou a 52%. Dos que pediram o auxílio, 25% não foram considerados elegíveis ou ainda não receberam o auxílio. O desemprego também foi maior entre famílias com crianças e adolescentes.

“A pesquisa deixa claro que os impactos econômicos e sociais da pandemia afetam mais crianças, adolescentes e suas famílias. Para além dos benefícios temporários, é importante que os programas regulares de proteção social incluam, de maneira sustentável, todas as famílias vulneráveis”, afirma Liliana Chopitea, chefe de políticas sociais, monitoramento e avaliação do UNICEF no Brasil.

“Por isso, precisam ser focalizados nas que mais precisam, aquelas com crianças que já apresentavam altos índices de vulnerabilidades, acentuadas pela pandemia. Em momentos de planejamento fiscal e orçamentário, é fundamental olhar a proteção social não como um gasto e sim como um investimento no presente e no futuro do país.”

Segurança alimentar e nutricional

A pandemia tem afetado a segurança alimentar e nutricional no país. Quase metade da população brasileira (49%) reportou mudanças nos hábitos alimentares desde o início da pandemia da COVID-19. Entre as famílias que residem com crianças e adolescentes, o impacto foi ainda maior: 58%.

Entre as mudanças alimentares, o aumento do consumo de alimentos não saudáveis foi fortemente citado. Segundo a pesquisa, 31% das famílias com crianças e adolescentes passaram a consumir mais alimentos industrializados, tais como macarrão instantâneo, bolos, biscoitos recheados, achocolatados, alimentos enlatados, entre outros.

Entre as famílias que não residem com crianças e adolescentes, esse aumento no consumo foi de 18%. Outro destaque foi o aumento do consumo de refrigerantes e bebidas açucaradas e do consumo de alimentos preparados em restaurantes fast-food (hambúrgueres, esfirras ou pizzas).

Ao mesmo tempo, o cenário de insegurança alimentar e nutricional no país ficou acentuado. Segundo a pesquisa, um em cada cinco brasileiros (21%) passou por algum momento em que os alimentos acabaram e não havia dinheiro para comprar mais.

Novamente, a situação é mais preocupante entre aqueles que residem com crianças e adolescentes, em que o percentual chegou a 27%. Além disso, 6% disseram que tiveram fome e deixaram de comer por falta de dinheiro para comprar comida (9% entre quem vive com crianças e adolescentes).

“Estamos diante de um cenário preocupante de má nutrição. Por um lado, percebemos o aumento do consumo de alimentos não saudáveis, que contribui significativamente para o aumento do excesso de peso e das doenças crônicas não transmissíveis”, afirma Cristina Albuquerque, chefe de Saúde do UNICEF no Brasil.

“Por outro lado, vemos o aumento da insegurança alimentar e nutricional que pode levar à desnutrição e deficiência de micronutrientes. A má nutrição tem impactos preocupantes no desenvolvimento das crianças, em especial nos primeiros anos de vida.”

“Essa situação impacta prioritariamente as populações mais vulneráveis com efeitos a longo prazo. É fundamental atuar imediatamente para reverter esse cenário e garantir o acesso de meninas e meninos a uma alimentação adequada e saudável.”

Direito à educação

Na educação, a pandemia mudou a rotina de crianças, adolescentes e famílias. Com o fechamento das escolas, o UNICEF estima que 44 milhões de meninas e meninos ficaram longe das salas de aula no país.

O cenário, no entanto, não quer dizer que todos ficaram sem aulas. Segundo a pesquisa, 91% dos brasileiros que moram com crianças ou adolescentes de 4 a 17 anos que estavam matriculados na escola antes da pandemia afirmaram que eles continuaram realizando, em casa, as atividades escolares durante a pandemia (sendo 89% dos matriculados em escolas públicas e 94% nas particulares).

Há, no entanto, 9% de crianças e adolescentes que estavam na escola antes da pandemia e não conseguiram continuar as atividades em casa — ficando excluídos da escola.

Entre quem conseguiu, a maioria dos estudantes (87%) passou a realizar as atividades pela internet — 97% entre estudantes em escolas particulares e 81% nas escolas públicas. No entanto, o nível de frequência mostra divergências significativas. Nos cinco dias da semana anteriores à pesquisa, 63% dos estudantes receberam tarefas e atividades escolares, enquanto 12% não receberam tarefa nenhuma e 6% somente em apenas um dia — ficando assim à margem do processo de aprendizagem.

Tanto nas escolas públicas quanto nas escolas privadas, a comunicação com as famílias se manteve ativa. Segundo a pesquisa, 68% afirmam ter recebido contatos da escola para informar progressos das crianças nas atividades (71% nas particulares e 65% nas públicas). Além disso, 48% afirmam que a escola entrou em contato para saber como estava a situação da casa e das crianças e dos adolescentes. Nesse ponto, o contato foi maior para quem tem filhos em escolas públicas, 51%, versus particulares, 44%.

“A pesquisa reflete o esforço das escolas e redes de ensino em manter o direito de aprender. Mesmo com a pandemia, a maioria das escolas manteve o contato com as famílias, o que é fundamental para entender a situação dos estudantes e aprimorar as atividades oferecidas de forma remota”, afirma Ítalo Dutra, chefe de Educação do UNICEF no Brasil.

“Por outro lado, a pandemia aumentou as desigualdades. Isso se reflete nos percentuais de meninas e meninos que não conseguiram manter a aprendizagem em casa. Diante da crise provocada pela COVID-19, há que se ter um esforço ainda maior para que a exclusão escolar não aumente no país.”

Sobre a pesquisa

A pesquisa Impactos primários e secundários da Covid-19 em Crianças e Adolescentes foi realizada pelo Ibope para o UNICEF. A amostra contou com 1.516 entrevistas, representativas da população do País. As entrevistas foram realizadas por telefone, de 3 a 18 de julho de 2020. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

UNICEF e Samsung premiam finalistas de maratona de aplicativos para escolas públicas

No total, 314 projetos foram inscritos na segunda edição da Maratona UNICEF Samsung e 19 foram premiados. Foto: UNICEF

Evento virtual premiou os 19 projetos finalistas da Maratona UNICEF Samsung, iniciativa que busca propostas que incentivem o trabalho colaborativo e ofereçam soluções criativas que contribuam no processo de aprendizagem de estudantes de escolas públicas de todo o Brasil.

Equipes de 11 estados diferentes participaram da cerimônia, que foi transmitida ao vivo nos canais oficiais do UNICEF no Facebook e no YouTube nesta segunda-feira (24).

No total, 314 projetos foram inscritos na segunda edição da maratona. A partir de agora, os 19 aplicativos finalistas poderão ser utilizados por escolas públicas de todo o país para o aprendizado das mais diferentes modalidades curriculares, de acordo com as competências e habilidades previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o ensino médio – Língua Portuguesa e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

A edição que se encerra em 2020 teve um desafio a mais, superado por todos os finalistas: o isolamento social. Os times, todos formados por professores, estudantes, programadores e designers, mantiveram o comprometimento e o foco com reuniões remotas e desenvolveram soluções voltadas às demandas de aprendizagem nas escolas públicas.

Os aplicativos (apps) apresentam de forma lúdica conteúdos apresentados em aula, interligando disciplinas com soluções práticas para auxiliar o aprendizado, trazendo uma grande diversidade de temas e enfoques. Entre os 19 projetos finalistas, há assuntos como acessibilidade digital para pessoas com deficiências auditivas e visuais, sexualidade, promoção da igualdade de gênero, prevenção de doenças e das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), esporte, sustentabilidade, entre outros.

“Temos uma década de atuação com a Responsabilidade Social no Brasil, guiados pela visão global ‘Together for Tomorrow! Enabling People’. A segunda edição da Maratona UNICEF Samsung destacou o papel fundamental da tecnologia na transformação do potencial humano. É inspirador ver as equipes trabalhando em soluções que poderão ser utilizadas como ferramentas de ensino e aprendizagem”, disse a gerente de Cidadania Corporativa da Samsung Brasil, Isabel Costa.

Para o chefe de Educação do UNICEF no Brasil, Ítalo Dutra, “apresentar os resultados da segunda edição da Maratona nos enche de alegria. Mesmo diante dos desafios da pandemia do novo coronavírus, estudantes, professores e profissionais de tecnologia se uniram em prol da aprendizagem de cada menina e menino”.

Instituições de ensino de todas as regiões do Brasil participaram da Maratona UNICEF Samsung. O estado de Minas Gerais foi o principal representante na fase final, com seis projetos selecionados. O Amazonas vem em segundo lugar com três equipes, seguido pelo Piauí, com duas. No total, das 314 equipes inscritas, 42% são do Nordeste, 31% do Sudeste, 11% do Norte, 9% do Sul e 7% do Centro-Oeste.

Evento de encerramento

O evento contou com apresentações de todas as equipes finalistas e duas palestras. Sylker Teles, professor de design de jogos na Universidade de Kyushu, no Japão, professor voluntário da Universidade do Estado do Amazonas e pesquisador do Samsung Ocean, programa de responsabilidade social voltada para inovação da empresa, falou sobre novas oportunidades de profissionalização na área de Tecnologia.

Depois, representantes da Fofuuu, startup que utiliza tecnologia aplicada à neurociência e fonoaudiologia como ferramenta de apoio ao desenvolvimento da linguagem, tiveram como tema os caminhos e desafios de uma startup e dos empreendedores jovens – a empresa foi escolhida para participar do Samsung Creative Startup em 2019, programa que acelera startups em parceria com a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e o Centro Coreano de Economia Criativa e Inovação (CCEI).

As etapas da Maratona

Cada time é formado por cinco integrantes, sendo, obrigatoriamente, um professor de escola pública, um estudante do ensino médio de escola pública e outros três estudantes (ensino médio, técnico ou graduação) que podem ser de escolas públicas, privadas, técnicas, universidades privadas ou públicas.

Cada proposta deveria ter, ao menos, duas das áreas de conhecimento da Base Nacional Comum Curricular (Linguagens e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas) e pelo menos um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Depois da definição dos escolhidos, a segunda etapa da Maratona UNICEF Samsung começou com o desenvolvimento dos protótipos de aplicativos. Os projetos receberam mentoria técnica e pedagógica. Ocorreram sessões para tirar dúvidas, desenvolvimento e testagem do conceito do aplicativo e, por fim, o desenvolvimento das soluções. Os apps foram testados por estudantes de ensino médio e, na sequência, as equipes puderam realizar mais ajustes, de acordo com o que foi apontado pelos alunos e alunas.

A terceira fase consistiu na apresentação virtual dos apps finalistas para um comitê de avaliação composto por membros de Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), Samsung e UNICEF, além de um mentor técnico e outro pedagógico de outras equipes.

Confira os 19 projetos selecionados da segunda edição da Maratona UNICEF Samsung:

Beijei! E agora?! (SE) – 3º ano do ensino médio
Promove campanha de educação sexual, considerando os aspectos psicoafetivos; biológicos e socioculturais, bem como as relações de gêneros, respeitando-se as éticas e a orientação sexual, buscando a construção de um comportamento responsável e preventivo na sociedade.

Biolíngue (SC) – 1º ano do ensino médio
Compartilha informações sobre Biologia e História para alunos ouvintes e surdos do 1º ano do ensino médio, aproximando-os por meio de um game acessível e dinâmico.

Cientistas Temporais (PI) – 1º ano do ensino médio
Auxilia os alunos no entendimento de conceitos científicos e históricos. Em vez de o professor mostrar apenas os conceitos, ele terá como demonstrar historicamente como surgiram essas descobertas. O app é adaptado para daltônicos.

Developers Pantaneiros (MS) – 1º ano do ensino médio
Desenvolve o senso crítico e o olhar investigativo de estudantes do 1º ano do ensino médio, por meio da resolução de problemas/desafios reais relacionados ao meio ambiente, que correlacionam temáticas de Ciências da Natureza e Matemática, vistas em sala de aula, com competências/habilidades específicas da Base Nacional Comum Curricular e metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Dissecadores do Conhecimento (MG) – 3º ano do ensino médio
Os objetivos do aplicativo englobam: ajudar alunos para que compreendam melhor a anatomia do corpo humano, incluindo doenças e enfermidades; auxiliar na prevenção de doenças e conscientização da população, tanto no aspecto físico quanto no aspecto de questões sanitárias; assistir os estudantes em uma melhor percepção de doenças psicológicas (depressão e ansiedade, por exemplo) como sendo doenças reais, contribuindo com a eliminação do preconceito acerca do assunto.

EnglishTalkers (AL) – 1º ano do ensino médio
Expandir os conhecimentos dos alunos do ensino médio em assuntos de língua inglesa e geografia. Os jovens vão se conectar a um assistente que vai organizar seus estudos de língua inglesa e praticar seus conhecimentos. Enquanto recebem aulas e dicas sobre gramática inglesa, aprendem sobre aspectos culturais e geográficos de quatro países de língua inglesa nativa: África do Sul, Austrália, Estados Unidos e Inglaterra.

FisicAR (AM) – 1º ano do ensino médio
Garante que os alunos do primeiro ano possam entender, de forma mais lúdica, os problemas apresentados em sala de aula, com a projeção de explicações e exercícios em realidade aumentada. A ideia é que o aplicativo seja um apoio durante as aulas de física em que os problemas possam ser mais bem compreendidos e os exemplos dados pelos professores sejam fáceis de ver, de fato, e entender.

IFarmNET (RJ) – 3º ano do ensino médio
O objetivo do IFarmNET é gerenciar uma agricultura sustentável com as limitadas áreas que o usuário terá disponíveis, ajudando a manter os ecossistemas. O usuário deverá monitorar mudanças do clima, condições meteorológicas extremas, secas, inundações e outros desastres que possam prejudicar sua fazenda. Após a colheita, o usuário poderá trocar os alimentos com outros fazendeiros. Em caso de má alimentação do jogador na sua fazenda, ele será direcionado para práticas de atividades físicas e será apresentado sugestões de alimentos saudáveis.

Lab de bolso (PB) – 1º ano do ensino médio
Fomenta o interesse pelas Ciências da Natureza em alunos do ensino médio, assim como aproxima e possibilita uma aprendizagem em conjunto melhor do professor com o estudante. Dessa maneira, experiências em salas de aula serão mais bem conduzidas, de maneira a propagar conhecimento prático de qualidade e propor soluções de baixo custo. Além disso, simulações serão realizadas sobre os tópicos apresentados, a fim de reforçar o aprendizado e trazer uma visão de mundo mais ampla para o discente.

Ligados no 220 (MG) – 1º ano do ensino médio
Torna-se cada vez mais importante pensar em formas de energia mais sustentáveis, que atendam às necessidades atuais sem comprometer as futuras gerações. O aplicativo “SustenCity” tem como objetivo auxiliar no aprendizado sobre energia elétrica sustentável e conscientizar sobre os impactos de cada tipo de usina no meio ambiente e na sociedade. “SustenCity” visa ensinar de forma dinâmica sobre a infraestrutura ligada a energia e conceito de desenvolvimento sustentável, ou seja, a racionalidade no uso de recursos naturais e a preservação ambiental. O usuário trabalhará com o consumo de energia e seu cálculo. No ambiente escolar, com o aplicativo, o professor poderá ensinar a matéria de forma mais dinâmica, atraindo a atenção dos alunos e fazendo-os pensar em soluções para que as demandas da população sejam atendidas de forma eficiente, ambiental e economicamente falando.

Lignem (MG) – 1º ano do ensino médio
O aplicativo apresenta uma integração entre as áreas de Ciências Humanas (matéria: Geografia) e Ciências da Natureza (matéria: Física), mostrando as principais formas de obtenção de energia da atualidade, bem como suas principais vantagens e desvantagens, relacionando-as com os respectivos tipos de energia que compõem seu funcionamento. Conta também com uma aplicação prática para fixar os conteúdos abordados de forma dinâmica e intuitiva. Além disso, o aplicativo tem a acessibilidade como um dos objetivos, sendo assim apresenta opções de combinações diferentes de cores (voltadas para o daltonismo) e um leitor de telas (para pessoas com deficiência visual).

OCAViva (AM) – 1º ano do ensino médio
Associa os conhecimentos de sociologia e biologia, segundo as habilidades descritas nos componentes curriculares, descritos na BNCC, de ciências humanas e sociais aplicadas e de ciências humanas da natureza e suas tecnologias, por meio apresentações lúdicas no aplicativo, desenvolvendo no aluno o estímulo para a prática do consumo e da produção sustentável, bem como auxiliar o professor em suas aulas.

Os Cavaleiros que Dizem Ni (MG) – 2º ano do ensino médio
Pretende-se criar uma experiência narrativa ao jogador que aborde o conteúdo da disciplina de forma dinâmica e participativa, por meio do diálogo interativo com personalidades históricas importantes e a possibilidade de tomar decisões que afetam a forma como a narrativa é conduzida, criando uma experiência única para cada usuário e garantindo a abordagem de diferentes perspectivas, preservando a capacidade de análise crítica. Com o auxílio dessa ferramenta, o estudante poderá aprimorar seu conhecimento nas áreas mencionadas de forma lúdica, bem como ser apresentado a uma nova metodologia de ensino interativa capaz de aumentar seu interesse e participação no processo de aprendizagem e compreensão dos conteúdos ministrados pelo docente.

Os Conselheiros (TO) – 1º ano do ensino médio
O Ágora é um jogo colaborativo em que os jogadores, chamados de Conselheiros, gerenciam uma cidade, tomando decisões coletivas diante de diversas situações-problema apresentadas pela comunidade. Cada decisão afeta o destino da cidade por meio dos seguintes indicadores: satisfação pública, infraestrutura, sustentabilidade e economia. O objetivo é proporcionar uma experiência de debates de ideias entre os jogadores por meio de enunciados concretos, além de exercitar a argumentação, a defesa de pontos de vista e a tomada de decisões.

Paipujin (PI) – 1º ano do ensino médio
Motiva o aluno à prática de esportes, diminuindo assim o sedentarismo e propiciando uma melhor qualidade de vida. Potencializa o ensino sobre os tecidos musculares e os conhecimentos sobre o corpo humano.

Prisma (PR) – 1º ano do ensino médio
Articula os conhecimentos de matemática e das ciências humanas e sociais aplicadas no intuito de cumprir as missões propostas pelo “mestre”, sempre apresentando um problema social, histórico ou geográfico que dependerá de conceitos matemáticos para ser resolvido. As missões serão apresentadas em língua brasileira de sinais (Libras) e os conceitos matemáticos que já contam com sinais, também serão apresentados a fim de ampliar o vocabulário.

Quântico (Física e Português) (AM) – 1º ano do ensino médio
O aplicativo propõe aprender Física por meio da poesia. O ambiente “gamificado” desperta a familiaridade na abordagem dos conteúdos utilizando músicas, elementos visuais, um sistema de pontuação e aumento progressivo de nível de dificuldade a cada desafio superado. Incentiva o debate em torno de assuntos científicos em sala de aula e fora dela.

Quartel Otaku (MG) – 1º ano do ensino médio
O objetivo do aplicativo é levar informação de forma lúdica a alunos de qualquer escola. O objetivo é de que os alunos aprendam as matérias enquanto se divertem, sentindo-se, portanto, mais estimulados a passar mais tempo pensando nos assuntos demonstrados em sala de aula. O trabalho também tem o objetivo de conscientização. Serão inseridos nos textos explicativos, mensagens que conscientizem os alunos sobre o desenvolvimento sustentável, por exemplo, compostos que causam danos à camada de ozônio ou levam muito tempo para se degradarem na natureza deixarão isso claro em sua descrição, as cianobactérias terão suas propriedades salientadas, organismos em risco de extinção também deixarão essa informação de forma bem clara.

Team upgrade (MG) – 3º ano do ensino médio
Utiliza a montagem da fórmula estrutural dos compostos orgânicos para melhorar o conhecimento sobre a sua estrutura, características, propriedades, em que é encontrado e seu uso.

Sobre a Maratona UNICEF Samsung

A Maratona UNICEF Samsung (https://maratonaunicefsamsung.org.br/) é uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e da Samsung. O programa foi desenvolvido em parceria com a Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), por meio do programa Brasil Mais TI, e tem como objetivo desenvolver tecnologias educacionais na forma de protótipos de aplicativos para que sejam utilizadas, em escolas públicas, por professores e estudantes do ensino médio. Na edição anterior, mais de 100 equipes se inscreveram e 31 foram selecionadas.

Para Mulheres na Ciência divulga lista de vencedoras da edição de 2020

Programa, que celebra 15 anos, reconhece e estimula a participação feminina na ciência brasileira e concede R$ 50 mil a cada uma das vencedoras. Foto: UNESCO
Programa, que celebra 15 anos, reconhece e estimula a participação feminina na ciência brasileira e concede R$ 50 mil a cada uma das vencedoras. Foto: UNESCO

Com a rápida disseminação da COVID-19 pelo mundo, se tornou ainda mais evidente a necessidade de investimentos constantes na ciência, que tem um papel-chave para solucionar os desafios do mundo.

Para ajudar nesta tarefa, a ciência precisa de mulheres. Por isso, há 15 anos a L’Oréal Brasil, em parceria com a UNESCO no Brasil e a Academia Brasileira de Ciências (ABC), promovem o programa “Para Mulheres na Ciência”, com o objetivo de transformar o cenário científico, contribuindo para o equilíbrio de gêneros na área.

Avaliar os efeitos da pandemia de COVID-19 sobre a saúde mental de adolescentes; pesquisar a origem dos raios cósmicos e sua possível relação com galáxias de intensa formação de estrelas; e desenvolver um método para preservar plantações de soja em períodos inesperados de seca, são alguns objetivos dos trabalhos vencedores da 15ª edição do programa.

Em pesquisa inédita com ganhadoras de anos anteriores, apenas um quarto das cientistas concordam que mulheres recebem as mesmas oportunidades que homens e 90% delas afirmaram já terem vivenciado preconceito ou falta de respeito por serem mulheres em suas carreiras.

Para apoiar jovens mulheres cientistas a darem prosseguimento aos seus estudos, há 15 anos o programa “Para Mulheres na Ciência” contempla sete jovens pesquisadoras das áreas de Ciências da Vida, Ciências Físicas, Ciências Químicas e Matemática com uma bolsa-auxílio de 50 mil reais.

É o caso da microbiologista Vivian Costa, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que pesquisa soluções para identificar e tratar formas graves da dengue e outras doenças virais, como zika, chikungunya e até COVID-19.

“Em casos como esse, não adianta enfrentar só o vírus ou só a inflamação. É preciso desenvolver procedimentos que atuem nas duas frentes, reduzindo a carga viral e a inflamação excessiva causada pelo coronavírus. Estamos muito comprometidos em fazer a nossa parte, inclusive tenho alunos trabalhando voluntariamente nos diagnósticos de COVID-19”, afirma a pesquisadora.

Também da categoria Ciências da Vida, a bióloga Luciana Tovo, da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL – RS), foi reconhecida por sua pesquisa sobre os efeitos da pandemia de COVID-19 no estresse crônico de adolescentes.

“Sabemos que a infância e a adolescência são períodos da vida críticos para início de transtornos psiquiátricos, como depressão e ansiedade”, argumenta Tovo. Para medir o estresse antes e após a pandemia, e estabelecer uma medida acurada, a solução dada por ela foi a medição de estresse a partir do cortisol capilar.

“O cabelo cresce, em média, um centímetro por mês. Avaliamos os três centímetros mais próximos da raiz, de modo a mensurar o estresse vivenciado nos três meses anteriores à coleta”, explica a cientista.

Outra contemplada da região Sul do país é a física Rita de Cássia dos Anjos, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que venceu na categoria Ciências Físicas. Uma das perguntas que motivam Rita é se galáxias em que há intensa formação de estrelas, conhecidas como galáxias starburst — que estão entre as mais luminosas do universo e apresentam fortes ventos — podem ser fontes de aceleração e propagação de raios cómicos.

Como pesquisadora e mulher negra, Rita já vivenciou diversas situações de racismo dentro e fora da academia e acredita na importância de aumentar as oportunidades de acesso e representatividade da população negra nas carreiras de maior prestígio e remuneração.

A cientista colabora com o projeto “Rocket Girls: Meninas na Astronomia e na Astronáutica”, que realiza atividades em robótica, arduíno e astronomia com meninas de escolas públicas de Palotina (PR).

A ideia é motivar as jovens a se interessarem pelas Ciências Exatas, área historicamente excludente e masculina. “Quando você mostra que passou por dificuldades, quando você fala da sua realidade e mostra para as meninas que é possível, elas se animam”, reflete.

Já a oncologista mineira Andreia Melo, pesquisadora do Instituto Nacional de Câncer (INCA – RJ), foi escolhida pelo seu estudo para aperfeiçoar a imunoterapia contra o melanoma de mucosa, um tipo de câncer raro e grave, para o qual a sobrevida mediana é menor que 12 meses.

A proposta de Melo é um estudo translacional, que envolve desde análises em laboratório até uma proposta clínica. Dependendo das características moleculares dos tumores, um paciente pode enfrentar a enfermidade de forma mais ou menos favorável.

“Muito do que se faz hoje, na oncologia, é buscar essas diferentes características para entender qual vai ser o desfecho da doença”, explica a pesquisadora.

Ainda na categoria Ciências da Vida, a bióloga Fernanda Farnese, do Instituto Federal Goiano, foi premiada por desenvolver um método para preservar plantações de soja em períodos inesperados de seca.

“Previsões apontam para uma redução de até 30% das chuvas no Brasil até o fim do século”, destaca Farnese. Ao perceber os impactos dos veranicos sobre a soja, teve a ideia de aspergir um líquido com substâncias produtoras do gás sobre as folhas da planta.

“O óxido nítrico altera o metabolismo da planta, intensificando mecanismos de defesa e, dessa forma, aumentando a tolerância à seca. Constatamos um crescimento de 60% na produtividade da soja”, conta.

A cada ano, os 14 membros do júri do programa selecionam trabalhos com potencial de encontrar soluções para importantes questões ambientais, econômicas e de saúde, como é o caso do trabalho da química Daniela Truzzi, da Universidade de São Paulo (USP), que busca compreender o funcionamento do óxido nítrico, gás relacionado a diversos processos, como a contração dos vasos sanguíneos, a defesa imunológica e a cicatrização de tecidos.

“Sabemos pouco sobre o que o óxido nítrico produz. Aprofundar esse conhecimento é fundamental para entender melhor os processos nos quais ele está envolvido”, explica a química.

Laureada na categoria Matemática, María Amelia Salazar, da Universidade Federal Fluminense (UFF), estuda estruturas geométricas abstratas e complexas, contribuindo para uma nova área da matemática.

Seu objeto de estudo remonta de uma teoria da simetria contínua e sua aplicação ao estudo da geometria e das equações diferenciais, do século 19. “É uma história bonita, porque faz a ponte entre duas áreas da matemática que, em princípio, não tinham a ver uma com a outra”, admira a pesquisadora.

E, a partir desse ano, o prêmio traz uma novidade para as vencedoras. A UNESCO dará um treinamento para cada uma das sete cientistas, com duração de dois dias, incluindo webinários sobre gênero, carreira, media training e outros assuntos relacionados às mulheres na ciência.

Há 15 anos, o programa “Para Mulheres na Ciência” premia pesquisadoras de diversos lugares do Brasil. Nesse período, o programa já reconheceu e incentivou mais de 100 cientistas, premiando a relevância dos seus trabalhos, com a distribuição de mais de 4,5 milhões de reais em bolsas-auxílio.

Vencedoras do L’Oréal-UNESCO-ABC “Para Mulheres na Ciência” 2020

Ciências da Vida:
Luciana Tovo
Vivian Costa
Fernanda Farnese
Andreia Melo
Química: Daniela Truzzi

Física: Rita de Cássia dos Anjos
Matemática: María Amelia Salazar

Quer saber mais sobre o programa e cada pesquisadora?
Acesse o site: www.paramulheresnaciencia.com.br
Facebook: www.facebook.com.br/paramulheresnaciencia
Twitter: @mulhernaciencia

 

Pesquisa UN75 em português indica apoio à saúde universal e à redução das desigualdades

Foto: EBC
Foto: EBC

Dados parciais de pesquisa das Nações Unidas indicaram um amplo apoio público em Brasil e Portugal ao acesso universal à saúde e a medidas que abordem as desigualdades que se aprofundaram como resultado da pandemia de COVID-19.

Coletados por meio de uma pesquisa online em português que recebeu até agora 9.671 respostas, os dados fazem parte da iniciativa para o aniversário de 75 anos das Nações Unidas (UN75). O formulário online continua aberto e pode ser acessado aqui. 

Lançada em janeiro de 2020, #UN75 é o maior exercício já montado pela Organização para reunir opinião pública e soluções colaborativas para desafios globais.

As repostas online em português foram dadas à pergunta “O que a comunidade internacional deve priorizar para se recuperar melhor da pandemia?”, adicionada à pesquisa em 22 de abril de 2020.

Do total de respostas, 3.057 indicaram que prioridade deve ser o acesso universal à saúde, enquanto 1.985 disseram que o foco precisa ser o apoio a medidas que abordem as desigualdades que se aprofundaram como resultado da COVID-19. O terceiro assunto visto como prioritário foi alcançar o acesso universal à água potável e saneamento.

Até agora, a pesquisa obteve mais respostas de mulheres (62,9%) do que de homens (36,6%). Do total de respondentes, 44,8% disseram ter entre 16 e 30 anos, 26,8%, de 31 a 45 anos, e 17,4%, de 46 a 60 anos. A maioria disse ter escolaridade acima do ensino secundário (68,5%).

Questionados sobre o que esperam do mundo daqui a 25 anos, a ampla maioria (4.284) dos respondentes até aqui disse esperar melhor acesso à educação, seguido de mais respeito pelos direitos humanos (4.035) e mais proteção ambiental (3.736).

Sobre as tendências globais que afetarão mais o futuro da humanidade, a parcial da pesquisa mostra que os respondentes escolheram mudanças climáticas e questões ambientais (6.908), seguidas de riscos relacionados à saúde (4.472) e conflito armado e violência com motivação política (3.142).

Para a pergunta: “de modo geral, você acha que as pessoas em 2045 estarão em melhor situação, em situação pior ou igual a você hoje?”, as respostas foram pessimistas: 43,4% disseram que estarão em pior situação, 40,6%, em melhor, e 16% disseram que a situação estará igual.

Divulgados recentemente, dados preliminares da mesma pesquisa UN75 realizada em 186 países indicaram um enorme apoio público para a cooperação internacional como forma de abordar os desafios globais.

A maioria (95%) dos participantes disse concordar com a necessidade de os países trabalharem juntos para lidar com as tendências globais, com um notório apoio a partir do fim de fevereiro, quando a crise causada pela COVID-19 se espalhou pelo mundo.

Além da pesquisa online, a iniciativa UN75 envolve diálogos — a maioria agora no ambiente digital — organizados por parceiros em todo o mundo.

Estes dados serão complementados com pesquisas, pesquisas acadêmicas, e análise de mídia e de mídias sociais em cerca de 70 países. Os resultados serão apresentados em setembro de 2020, durante a comemoração oficial do aniversário de 75 anos da ONU. Um relatório final será publicado em janeiro de 2021.

Participe da pesquisa: https://un75.online/?lang=prt.

 

UNICEF e Jovem Pan se unem no apoio à educação infantil

A Jovem Pan vai hospedar a série de podcasts ‘Deixa que eu conto’, que traz histórias, brincadeiras e músicas para crianças, famílias e escolas. Foto: Raoni Libório/UNICEF

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) faz parceria com a Jovem Pan para veicular a série de podcasts ‘Deixa que eu conto’, um programa de áudio diário direcionado a crianças de até 8 anos. Alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os programas estimulam a cocriação e a imaginação, trazendo as crianças para que sejam protagonistas do próprio desenvolvimento e aprendizagem.

A veiculação do podcast será realizada dentro do aplicativo do grupo, Panflix, que já conta com mais de 60 títulos autorais disponíveis ao público dentro de diferentes temas e gêneros, e está liberada desde o dia 17 de agosto.

Os episódios com curadoria do UNICEF são apresentados pelos contadores de história Carol Levy, Kiara Terra, Leandro Medina e Andrea Soares. Cada podcast traz quadros como contação de histórias, músicas e brincadeiras, entrevistas. A iniciativa aborda temáticas da cultura do Norte e Nordeste do Brasil, com conteúdos das populações do território amazônico e afro-brasileiras.

Com um extenso conhecimento em rádio e produção de conteúdo digital, a Jovem Pan veiculará dentro de seu aplicativo Panflix a série com 16 episódios, que inclui contos como João e o Pé de Feijão, Patinho Feio e Cachinhos de Ouro.

Segundo a diretora de marketing da Jovem Pan, Claudine Bayma, com o isolamento social, muitas crianças sentem falta das atividades e da aprendizagem que o ambiente escolar traz. “A fim de auxiliar pais e familiares que precisam distribuir a atenção entre as tarefas de casa e o trabalho e não têm formação docente, apoiamos a iniciativa do UNICEF em levar um pouco da cultura brasileira às crianças de todo o Brasil, por meio de podcast”.

O chefe de Educação do UNICEF no Brasil, Ítalo Dutra, explicou que com o fechamento involuntário das escolas, existe o risco de o isolamento social agravar as desigualdades nas aprendizagens, impactando especialmente meninas e meninos em situação de maior vulnerabilidade – entre eles, moradores de comunidades e periferias, indígenas e quilombolas, e crianças com deficiência. “O ‘Deixa que eu conto’ foi pensado para alcançar todas as famílias e apoiar as escolas, levando em consideração as diferentes realidades brasileiras”.

O programa, entretanto, não substitui as experiências coletivas vivenciadas no contexto das instituições de educação infantil e ensino fundamental, mas garante a aproximação das famílias neste momento adverso. O ‘Deixa que eu conto’ para as crianças pode ser uma opção durante este momento de isolamento social, motivando-as a realizar atividades que estimulam a criatividade e as aproximam dos pais, irmãos, avós e de quem mais estiver convivendo em casa.