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ONU apoia esforços contra violência de gênero no sul da África

Em esforço para auxiliar agências de segurança pública no sul da África a responderem de maneira eficaz a problemas relacionados à violência de gênero, o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC) anunciou hoje (06/01) o lançamento de um manual e um programa de formação para melhorar a capacidade das forças policiais nacionais na região no combate ao problema. Através da iniciativa, a agência trabalha com representantes e a sociedade civil em Botsuana, Lesoto, Moçambique, Namíbia, África do Sul e Zimbábue para combater a violência contra mulheres.

O manual foi criado para auxiliar a polícia a definir casos de violência, fornecendo uma visão abrangente de normas e padrões relevantes e formas de intervenção. Seu foco é como investigar atos de violência contra mulher, processo que exige sensibilidade.

O programa de formação foi desenvolvido para equipar as polícias locais e nacionais com os conhecimentos e habilidades necessários ao enfrentamento eficaz da violência de gênero. Seu foco é em casos de violência ocorridos entre pessoas de relação íntima e inclui medidas preventivas, formas de responder e investigar atos de violência e especificações dos recursos necessários à vítimas durante e após um incidente.

Além da iniciativa regional com foco em segurança pública, o UNODC também trabalha com comunidades na África do Sul fornecendo apoio a vítimas de violência de gênero a nível local. Diversos centros de atendimento apoiados pelo UNODC foram instalados na África do Sul para fornecer serviços legais, médicos e psicológicos a sobreviventes da violência, bem como serviços de reabilitação e apoio para homens, de modo a conter o ciclo de violência doméstica.

Demi Moore e Ashton Kutcher se unem ao lançamento do Fundo Voluntário para vítimas do tráfico humano

Demi Moore e Ashton Kutcher se unem ao lançamento do Fundo Voluntário para vítimas do tráfico humano. Foto ONUO avanço frente à situação das vítimas de tráfico humano recebeu um grande impulso com o lançamento do Fundo Voluntário das Nações Unidas para as Vítimas do Tráfico de Pessoas, apenas dois meses após a Assembleia Geral da ONU ter aprovado um plano abrangente para lutar contra este crime global. O lançamento contou com a participação dos atores Demi Moore e Ashton Kutcher.

A ONU estima que mais de 2,4 milhões de pessoas estão atualmente sendo exploradas como vítimas do tráfico humano. O Fundo é um dos elementos mais importantes do novo Plano de Ação Global das Nações Unidas para o Combate ao Tráfico de Pessoas, adotado pela Assembleia Geral, em julho de 2010. Este Plano prestará ajuda humanitária, jurídica e financeira às vítimas do tráfico de seres humanos através dos canais estabelecidos de assistência, tais como organizações governamentais, intergovernamentais e não-governamentais.

O Diretor Executivo do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC), Yury Fedotov, enfatizou a natureza global do problema. “Precisamos perceber que nenhum continente e nenhum país está imune, temos que agir como uma boa equipe global para enfrentar este desafio global “, disse Fedotov. “Não podemos tolerar que as piores pessoas do mundo – traficantes de seres humanos – continuem destruindo as vidas de milhões de mulheres, crianças e homens em todo o mundo, eles precisam de apoio, eles precisam da nossa solidariedade.”

No seu discurso, Demi Moore disse que só uma de cada 100 vítimas de tráfico humano é resgatada e muitas vezes são criminalizadas e lhes é negada a reabilitação que necessitam. Ela também observou os grandes lucros ilícitos envolvidos. “A média de idade de uma criança vendida para ser escrava sexual é de 13 anos, Eu não acho que qualquer criança possa lutar com sucesso contra uma indústria subterrânea que faz em média 200 mil dólares por apenas uma menina”, disse Moore.

UNODC afirma que o tráfico humano é um negócio multibilionário, com lucros que perdem apenas para o tráfico de drogas e de armas, e a maioria das vítimas são mulheres e crianças. O tráfico humano tem muitas formas: trabalho forçado ou obrigatório, servidão doméstica, casamento forçado, remoção de órgãos, exploração de crianças, e comércio do sexo e da guerra.

Nicolas Cage faz apelo apaixonado por vítimas inocentes do crime

Nicolas Cage. Foto: ONU.Na conferência global das Nações Unidas contra o crime organizado que está acontecendo em Viena (Áustria), o vencedor do Oscar, cineasta e Embaixador da Boa Vontade do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC), Nicolas Cage, fez hoje (21/10) um apelo em nome das vítimas inocentes deste flagelo. O encontro tem por objetivo rever o progresso alcançado uma década após a adoção da Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional.

Cage reafirmou seu compromisso de fornecer ajuda a um número incontável de mulheres e crianças cujas vidas foram atingidas pela criminalidade. Referindo-se ao seu trabalho como Embaixador da Boa Vontade do UNODC, ele disse: “Conheci muitas crianças que foram vítimas do crime e ouvi suas histórias. Eles foram sobreviventes do tráfico sexual e ex-crianças-soldado, alguns estavam recebendo tratamento para dependência de drogas ou HIV. Suas histórias são de cortar o coração”.

Prestando homenagem a indivíduos desconhecidos, cujo apoio ajuda jovens vulneráveis a sobreviverem, Cage disse: “Ao trabalhar com o UNODC, comecei a entender quem são os verdadeiros heróis no mundo. Vi almas corajosas trabalhando nas linhas de frente, que operam sob as circunstâncias mais difíceis e com recursos muito limitados, para ajudar as vítimas do crime organizado… Eles são pessoas comuns. No entanto, eles também são extraordinários”.

O Diretor Executivo do UNODC, Yury Fedotov, prestou homenagem a Nicolas Cage como um trabalhador humanitário comprometido em promover uma abordagem centrada no combate ao crime organizado: “Ele criou um fundo para ajudar as crianças-soldado, fornecendo suporte vital para abrigos de reabilitação e serviços médicos e psicológicos. Além de apoiar o trabalho do UNODC, ele também tem apoiado os esforços para promover o controle internacional de armas e para reconstruir Nova Orleans após a passagem do furacão Katrina”.

Cage já atuou em cerca de 65 filmes, ganhou um Oscar de Melhor Ator por “Despedida em Las Vegas” e mais tarde foi nomeado por sua atuação dupla em “Adaptação”. Ele recebeu também um Globo de Ouro, dois MTV Movie Awards e um Screen Actors Guild Award, entre outros, além de ter uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood.

Tráfico de cocaína e heroína rende 200 mil dólares por minuto

Cocaína apreendida. Foto: ONU.O chefe da agência das Nações Unidas contra o crime destacou os números globais alcançados pelo crime organizado transnacional, pedindo a aplicação universal da Convenção da ONU para combater o flagelo. O Diretor Executivo do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC), Yury Fedotov, ressaltou que o crime organizado “cresceu para proporções globais”.

Países se reuniram em Viena (Áustria) para uma reunião da ONU, com duração de uma semana, dando início a uma análise do progresso global uma década após a aprovação da Convenção da ONU contra o Crime Organizado Transnacional na cidade italiana de Palermo. Abrindo a reunião, Fedotov disse que, embora o pacto seja uma ferramenta poderosa, é subutilizado. Atualmente, 157 Estados ratificaram a Convenção. O Diretor do UNODC disse que uma maior conscientização é necessária para ajudar os Estados a fazer uma utilização mais eficaz do tratado.

A Convenção prevê novas possibilidades de cooperação, incluindo investigações transfronteiras, bem como a definição de crime organizado transnacional que pode ser aplicado de forma ampla para incluir novas e emergentes formas de crime, como tráfico de recursos naturais ou falsificação de medicamentos. O UNODC disse que o tratado pode atingir os criminosos na área mais prejudicial, cortando-lhes a vital força financeira através de medidas de combate à lavagem de dinheiro, busca a bens saqueados e quebra de sigilo bancário.

De acordo com a sua Avaliação da Ameaça do Crime Organizado Transnacional de 2010, o UNODC concluiu que o tráfico de droga continua sendo a linha mais lucrativa de negócio para os criminosos. Cocaína traficada da região andina até a América do Norte e Europa rende mais de 70 bilhões de dólares anualmente, e a heroína traficada do Afeganistão para a Europa tem um valor de rua de mais de 30 bilhões de dólares. Isto significa que os traficantes de cocaína e heroína ganham quase 280 milhões de dólares por dia, ou 200 mil dólares por minuto.

Nova iniciativa visa acabar com mortes por tuberculose entre pessoas com HIV

Nova iniciativa visa acabar com mortes por tuberculose entre pessoas com HIV. Foto: ONU.As Nações Unidas e a Parceria Acabe com a TB (Stop TB Partnership) concordaram em juntar esforços para reduzir a metade o número de pessoas vivendo com Aids que podem morrer de tuberculose até 2015, que totaliza um quarto de todas as mortes entre aqueles que vivem com o vírus. O acordo assinado na quinta-feira (22) em Viena (Áustria) entre o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) e a Parceria Acabe com a TB – uma importante iniciativa público-privada de saúde global – também visa fornecer tratamento anti-retroviral para todos os pacientes de TB vivendo com HIV.

O Diretor Executivo do UNAIDS, Michel Sidibé, declarou já possuir as ferramentas para impedir que pessoas vivendo com HIV morram de TB. Ele também reforçou a importância de juntar forças com os parceiros envolvidos com a questão para promover uma iniciativa mais humanitária, a fim de eliminar virtualmente as mortes por HIV em decorrência da TB. As duas organizações pressionarão programas de saúde governamentais para que estes cheguem a todos necessitando de tratamento para TB e HIV, através da integração de serviços que fornecem diagnósticos e tratamento para ambas as doenças. Eles também insistirão por mais recursos para alcançar o objetivo, além de estimular organizações da sociedade civil, comunidades afetadas por TB e HIV e o setor privado para formar parcerias fortes para tratarem do assunto.

Apontando as necessidades de grupos marginalizados, também foi destacada a importância de líderes mundiais promoverem acesso completo a serviços de HIV e TB para mulheres e meninas, órfãos, pessoas desalojadas, migrantes, prisioneiros, homossexuais, usuários de drogas e outros grupos vulneráveis. Os líderes das duas organizações também planejam fazer pelo menos duas visitas conjuntas por ano durante 2010 e 2011 a países extremamente afetados por TB e HIV, além de promover a nova iniciativa durante pelo menos um evento internacional por ano.

O acordo chega no momento em que agências da ONU, representantes do governo especialistas em saúde se reúnem em Viena para a XVIII Conferência Internacional sobre AIDS. Durante a conferência, o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC) lançou um conjunto de ferramentas para necessidades de avaliação para prevenção e tratamento do HIV e TB em prisões, considerando que muitos países não possuem mecanismos para atender a tais questões.

Segundo o UNODC, a partir dos limitados dados disponíveis, é evidente que o índice de HIV, hepatite C e TB em prisões são particularmente altos. A agência apontou que ao usar o conjunto de ferramentas, governos podem estabelecer objetivos mais específicos adaptados pelas necessidades de prisioneiros e funcionários de prisões. Também foi destacado que devido ao alto índice de HIV e outras doenças contagiosas entre prisioneiros, seu alastramento também atinge facilmente a população em geral por conta da inda e vinda de prisioneiros das comunidades. O conjunto de ferramentas propõe tratamento abrangente do HIV, que deve ser disponibilizado a todos os prisioneiros na forma de prevenção, aconselhamento terapêutico voluntário e exames, tratamento anti-retroviral, prevenção e tratamento de infecções oportunistas, assim como apoio em geral.