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Ajuda chega à Líbia em meio a relatos de dificuldades e ataques a civis

Agências das Nações Unidas preparam hoje (22/03) o envio de mais assistência para o leste da Líbia, após relatos de que diversas cidades permanecem sob cerco das tropas de Muamar Kadafi e civis têm sido atacados por tanques e armamento pesado das forças do Coronel.

“Proporcionar assistência humanitária nas atuais circunstâncias é muito desafiador,” disse o porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Adrian Edwards, em entrevista coletiva em Genebra. Ele anunciou que a agência vai enviar amanhã caminhões de ajuda para Benghazi, cidade sob controle dos rebeldes, onde as pessoas estão acampadas em escolas e universidades. “Há relatos de escassez de suprimentos médicos e produtos básicos na parte oriental do país, dado que os preços aumentaram drasticamente,” acrescentou.

O auxílio será enviado em uma caravana organizada pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA), que planeja levar 19 toneladas de lentilhas e 11 toneladas de óleo vegetal nos próximos dois dias do Egito para o leste da Líbia. O PMA está expandindo sua rede de programas de segurança alimentar no Egito e na Tunísia para ajudar centenas de milhares de pessoas em comunidades atingidas pela perda de remessas enviadas anteriormente por trabalhadores migrantes.

Ontem, o Enviado Especial do Secretário-Geral da ONU para a Líbia, Abdel Elah Al Khatib, realizou sua primeira reunião com líderes rebeldes na cidade oriental de Tobruk, como parte de uma missão que o levou a Trípoli para conversas com autoridades do governo na semana passada. “Eles descreveram os diferentes aspectos da situação e apontaram os sofrimentos e as dificuldades enfrentadas por algumas cidades e vilas da Líbia,” disse. “Reiteraram seu pedido para levantar o cerco imposto pelas forças do governo líbio sobre as cidades e por um rápido cessar-fogo.”

Al Khatib se reuniu com o presidente do Conselho Nacional de Transição da Líbia, Mustafa Abdel Jalil e discutiu a resolução do Conselho de Segurança que estabeleceu uma zona de exclusão aérea sobre o país, autorizando os Estados-Membros a tomarem “todas as medidas necessárias” para a proteção de civis, pedindo cessar-fogo imediato.

ONU se mobiliza e leva assistência ao Japão

Agências das Nações Unidas estão acelerando o ritmo da assistência ao Japão, para ajudar o país a lidar com o desastre causado pelo devastador terremoto da semana passada.

A União Internacional de Telecomunicações (UIT) já enviou equipamentos de emergência a áreas afetadas pelo tsunami, observando que reestabelecimento das comunicações é uma “ferramenta fundamental” para assegurar o suporte adequado às vítimas e os esforços de resgate e reabilitação após um desastre no qual mais de cinco mil pessoas morreram, cerca de nove mil estão desaparecidas e vastas áreas da costa e infraestrutura foram esmagados por enormes ondas.

Na área tecnológica, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) estuda o que mais pode oferecer aos afetados pelo desastre nuclear da usina de Fukushima Daiichi. Enquanto isso, a Organização Meteorológica Mundial (OMM), que ativou seu mecanismo de resposta de emergência ambiental, acompanha a direção dos ventos e o caminho potencial de qualquer nuvem radioativa da usina.

Quanto ao alívio imediato para os milhares de sobreviventes que já passaram seis noites no frio, muitos sem aquecimento, água ou saneamento, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) está enviando especialistas em logística e distribuição de recursos para facilitar a circulação rápida dos suprimentos necessários.

Um contingente constituído por uma equipe da Divisão das Nações Unidas para Coordenação e Avaliação de Desastres (UNDAC) e outra da Equipe de Resposta e Assistência a Desastres dos Estados Unidos partiu hoje de Tóquio, em helicópteros militares dos EUA, para uma avaliação local das áreas atingidas. Após avaliação na cidade de Oarai, a equipe tentou voar para Sendai, a maior cidade da área atingida pelo tsunami, mas o mau tempo nas montanhas impediu que os helicópteros prosseguissem, obrigando a equipe a voltar para Tóquio.

Ajuda humanitária chega à Líbia

Valerie AmosConfrontada com um êxodo de refugiados da Líbia em meio à violência de Muammar Qaddafi, a possível escassez de comida e remédios e a crescente insegurança, a ONU está aumentando os esforços de auxílio no país, ao longo das fronteiras e nos países vizinhos. A Subsecretária-Geral para Assuntos Humanitários e Coordenadora de Socorro de Emergência, Valerie Amos, anunciou hoje que o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) pretende instalar rapidamente uma equipe no Cairo (Egito) para reforçar o escritório do Coordenador Residente da ONU em Trípoli, capital da Líbia, e colocar imediatamente em prática mecanismos de coordenação.

Coordenadores Residentes são os representantes designados pelo Secretário-Geral para as operações de desenvolvimento. “O braço humanitário da Organização das Nações Unidas está tomando todas as medidas para garantir que estaremos preparados para qualquer eventualidade,” disse Amos em entrevista coletiva em Nova York. Em seu discurso à imprensa, ela expressou profunda preocupação com “as notícias alarmantes” de violência contínua na Líbia, citando relatos de que civis, incluindo mulheres e crianças têm sido gravemente feridos, com estimativas de mortos que vão de centenas a milhares, enquanto mais de cem mil pessoas já fugiram para países vizinhos.

O Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) enviou equipes para o Egito e para a Tunísia. A Organização Mundial de Saúde (OMS) enviou kits cirúrgicos e de emergência para Benghazi, cidade mais ao leste comandada por forças de oposição, considerando precária a situação de saúde.
“Os governos têm mostrado incrível generosidade e pessoas comuns, especialmente na Tunísia, tem acolhido pessoas em suas casas,” disse Amos, pedindo que Egito e Tunísia mantenham suas fronteiras abertas para aqueles que fogem e que países da União Europeia também ajudem.

O Programa Mundial de Alimentos (PMA) está despachando equipes às fronteiras para avaliar as necessidades e “fazer planejamento de contingência para a entrega de ajuda alimentar às pessoas afetadas pela violência dentro da Líbia, se houver necessidade e uma vez que a situação de segurança permita,” acrescentou. A principal preocupação, segundo ela, é conseguir o acesso a Trípoli e regiões vizinhas, onde a situação de segurança é “extremamente volátil,” observando que, de acordo com relatórios, suprimentos conseguiram passar por Benghazi e pelo leste, onde a situação é “quase normal.”

“Queremos entrar para fazer avaliações adequadas,” disse. “Estamos vendo, é claro, fotografias terríveis em nossas telas de televisão, conforme as pessoas fogem, mas precisamos fazer um balanço sobre quais são as necessidades reais.”

Sri Lanka sofre com mais chuvas

Novas enchentes atingiram o Sri Lanka semanas depois de grandes áreas da ilha asiática terem sido inundadas devido à chuvas torrenciais. Mais de um milhão de pessoas que já tinham sido afetadas sofreram novamente com as enchentes, que já causaram 14 mortes, nove feridos e dois desaparecidos.

Quase 200 mil pessoas foram forçadas a deixarem suas casas e levadas a abrigos temporários em 15 distritos, conforme relatou o Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), que afirmou também que as pessoas têm se aventurado a voltar para suas casas à medida que o nível das águas diminui, apesar de que ainda são esperadas mais chuvas.

As enchentes causaram a destruição de plantações de arroz, bem como de outras culturas, e também prejudicaram a entrega de assistência humanitária, já que muitas estradas estão submersas ou danificadas. Agências e parceiros da ONU continuam a fornecer ajuda, como alimentos, materiais de abrigo, medicamentos, e outros itens básicos. O Programa Mundial de Alimentos (PMA) forneceu comida para 500 mil pessoas atingidas pela primeira série de inundações, em janeiro, e deve alimentar meio milhão de pessoas vítimas das novas enchentes.

Membros do Serviço Aéreo Humanitário são sequestrados em Darfur

Três búlgaros da equipe do Serviço Aéreo Humanitário das Nações Unidas (UNHAS) foram sequestrados nesta quinta-feira (13/01) na região oeste de Darfur, segundo informações da Missão Conjunta da ONU-União Africana em Darfur (UNAMID). O incidente ocorreu um mês após a libertação de três membros da Letônia, também integrantes do UNHAS, sequestrados por homens armados e mantidos em cativeiro desde novembro em Nyala, no sul da região.

Coordenado pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA) o Serviço Aéreo Humanitário leva trabalhadores da ONU e de organizações não-governamentais, bem como jornalistas e outros, para algumas áreas em situações de emergência e de difícil acesso. Ele desempenha um papel fundamental no alcance de áreas remotas e em casos onde a insegurança impede o transporte por terra.