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Haiti, um ano depois do terremoto: conquistas e desafios

Um ano após o terremoto que destruiu grande parte do Haiti, em 12 de janeiro de 2010, deixando 220 mil mortos e 1,5 milhão desabrigados, as agências humanitárias das Nações Unidas fizeram uma retrospectiva das conquistas alcançadas, das dificuldades encontradas e dos enormes desafios que ainda devem ser enfrentados.

Na capital, Porto Príncipe, o Coordenador Humanitário das ONU no Haiti, Nigel Fisher, observou que os resultados da recuperação ainda não são sentidos pelos haitianos. O Enviado da ONU para o Haiti, Edmons Mulet, destacou a necessidade do envolvimento da comunidade internacional para ajudar a prover maior apoio para reforçar o Estado de Direito e o progresso social e econômico no país, que está imerso em uma crise política desde o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais, em novembro.

De acordo com a Diretora Executiva do Programa Mundial de Alimentos (PMA), Josette Sheeran, a agência distribuiu alimentos para quatro milhões de haitianos e continua a dar assistência alimentar para cerca de dois milhões, através de merendas escolares, trabalhos remunerados e apoio nutricional para mulheres grávidas e em amamentação, e reafirmou que o PMA continuará a ajudar os que ainda estão vulneráveis. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) afirmou que o apoio à agricultura é essencial para o desenvolvimento do país e a preparação para futuras emergências e destacou também a necessidade de reduzir os riscos ligados aos desastres naturais, como enchentes e furacões.

Através de um artigo,o Diretor Executivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Anthony Lake, disse que milhares de crianças retornaram para suas famílias e cerca de 100 mil jovens foram beneficiados por uma rede de atendimento psicológico.Ele ressaltou, no entanto, que atrasos na ajuda dificultaram os esforços para a recuperação, que também foi afetada pela eclosão da epidemia de cólera, em outubro.
Segundo Lake, é preciso melhorar a coordenação entre o governo, a comunidade internacional e as organizações não-governamentais para dar mais apoio às comunidades e direcioná-las para a própria recuperação.

ONU lembra morte de funcionários

Além dos quase 220 mil haitianos o terremoto matou também 43 membros do contingente policial e militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH), além de 59 civis. O Presidente do Sindicato dos Funcionários da ONU, Stephen Kisambira, considerou o fato “a maior perda de indivíduos da história das Nações Unidas”. “Um ano depois, o Sindicato dos Funcionários envia seus pêsames às famílias e amigos dos falecidos e se solidariza com os sobreviventes do terremoto, cujas vidas mudaram para sempre.”

Dois eventos irão homenagear os haitianos e funcionários da ONU mortos no terremoto. Em Porto Príncipe será realizada uma cerimônia organizada MINUSTAH. Na sede da ONU, em Nova York, a homenagem será realizada na entrada da Assembleia Geral, e contará com a presença do Secretário-Geral, Ban Ki-moon. Um momento de 47 segundos de silêncio lembrará a duração do terremoto.

Para saber mais sobre as homenagens às vítimas clique aqui.

Milhares de desabrigados devido a chuvas no Sri Lanka

Inundações causadas por chuvas fortes no Sri Lanka já afetaram cerca de um milhão de pessoas, deixando mais de 127 mil desabrigados, informou ontem (11/01) a ONU, citando dados fornecidos pelo Governo. O Programa Mundial de Alimentos (PMA) realocou fundos para apoiar os esforços de socorro do Governo e irá fornecer 735 toneladas de assistência alimentar para cerca de 400 mil pessoas afetadas, de acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

Chuvas torrenciais castigam a nação insular do Oceano Índico desde 26 de dezembro, provocando enchentes e deslizamentos, principalmente nas regiões leste e centro do país, com o distrito de Batticaloa relatando ter recebido a maior quantidade de precipitação em um século.

Segundo o Centro de Gestão de Desastres do Governo, o número total de pessoas afetadas é de cerca de 863.800, incluindo 13 mortes, um desaparecido e 44 feridos, até agora. Estradas em áreas afetadas permanecem submersas, dificultando o acesso. As avaliações iniciais em algumas das áreas afetadas nas últimas 24 horas identificaram alimentos, produtos não alimentares e serviços de água e saneamento como necessidades prioritárias.

O Ministério da Saúde do Sri Lanka enviou cinco equipes médicas para as regiões orientais e de Polonnaruwa para controlar possíveis surtos de doenças, bem como para instalar clínicas móveis para ajudar as pessoas deslocadas internamente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) vai arcar com o custo das clínicas móveis. Além disso, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) entrega tanques de água e torneiras para a região oriental, desde o início das enchentes, e apoia novas avaliações.

Um ano após o terremoto, milhares de crianças ainda sofrem no Haiti, diz UNICEF

Um ano após o terremoto devastador ter atingido o Haiti, em 12 de janeiro de 2010, mais de um milhão de pessoas – dentre elas, 380 mil crianças – ainda vivem em campos lotados, afirma o relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) intitulado “Crianças no Haiti: Um ano depois – o longo caminho do alívio para a recuperação”, lançado na última sexta-feira, 7 de janeiro.

A Representante da UNICEF no Haiti, Françoise Gruloos-Ackermans disse que apesar dos avanços, o processo de recuperação ainda está no começo. Após o terremoto, o UNICEF, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e parceiros conduziram campanhas de emergência para imunizar crianças contra doenças como pólio, difteria e sarampo.

Desde a eclosão da epidemia de cólera em outubro, o UNICEF já forneceu mais de 10 toneladas de cloro e 45 milhões de pastilhas de purificação de água, garantindo acesso à água potável na capital, Porto Príncipe. O Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) alertou que a epidemia ameaça 2,2 milhões de crianças em idade escolar devido à falta de água limpa e condições sanitárias das escolas.

Cerca de quatro milhões de crianças do país mais pobre do Hemisfério Ocidental continuam sofrendo com a falta de acesso à água, saneamento, educação e de proteção a doenças, exploração e condições insalubres. O Programa Mundial de Alimentos (PMA) está ajudando milhares de pessoas através de programas de apoio como o fornecimento de merenda escolar, além dos programas de nutrição e de trabalho remunerado.

Instituições gaúchas contribuem com mais de 59 mil assinaturas à petição contra a fome da FAO

Emater, Escola de Saúde Pública e Unisinos se juntam ao projeto “1billionhungry”.

Porto Alegre, 7 de outubro de 2010 – A Emater/RS, Escola de Saúde Pública e Unisinos reuniram mais de 59 mil assinaturas à petição contra a fome do projeto “1billionhungry”. Somente a Emater/RS juntou 55.330 assinaturas à petição. As assinaturas foram recolhidas em todo o estado e entregues ao representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil, Hélder Muteia, durante cerimônia realizada nesta quarta-feira (6) na sede da instituição em Porto Alegre. “Estou emocionado ao receber estas folhas. Não esperávamos um volume tão grande. A meta para o Brasil é de 120 mil assinaturas e somente a Emater/RS arrecadou quase 50% do total buscado. Isso é fantástico”, comemorou o representante da FAO.

Com mais de 87 mil assinaturas reunidas, o Brasil é um dos três países que mais apóiam o projeto “1billionhungry”. Lançada pela FAO em maio deste ano, a campanha busca reunir um milhão de assinaturas a uma petição que pede que os governos façam da erradicação da fome sua principal prioridade. A petição será entregue aos países membros da FAO durante a próxima reunião do Conselho da FAO, que se realizará em novembro, em Roma.

Unidos contra a fome

“Somos parceiros por natureza do trabalho da FAO”, destacou o diretor técnico da Emater/RS, Alencar Rugeri, ao fazer a entrega das assinaturas. “Esse é nosso papel: trabalhar para reduzir a fome”, acrescentou o chefe de gabinete da instituição, Luiz Antônio Vial. Segundo ele, a instituição quer reunir 100 mil assinaturas à petição.

A vice-diretora da Escola de Saúde Pública, Fátima de Barros Plein, também esteve na sede da Emater/RS para repassar as 1.522 assinaturas coletadas em vários eventos realizados no estado. “Hoje, o conceito de saúde pública não é a ausência de doença, mas também a inclusão social e do combate à fome. Por isso nossa participação nessa ação é importantíssima”, declarou Fátima Plein.

O ato também contou com a presença do conselheiro do Consea/RS, Miguel Montaña, do assistente do Representante da FAO, Gustavo Chianca, e funcionários da Emater. O reitor da Unisinos/RS, Marcelo Fernandes de Aquino, entregou uma lista com 2.717 assinaturas levantada na universidade. Segundo o reitor, o Rio Grande do Sul é um estado que tem a tradição de se mobilizar por projetos sociais e a Unisinos, como uma universidade preocupada com o bem estar da humanidade, não poderia ficar de fora. “Estamos fazendo muitos investimentos com foco no setor de alimentos, qualificando pessoas que possam ajudar a erradicar a fome”, disse o reitor.

Assine a petição contra a fome em: www.1billionhungry.org/faobrasil

Contatos de imprensa

Representação da FAO no Brasil: Lídia Silva – [email protected], (55 61) 8455-1289
Escritório Regional da FAO para América Latina e Caribe – Lucas Tavares – [email protected], (56 2) 923 2176, (569) 9802 7300

Agência da ONU alerta sobre fome crescente no Chade

Agência da ONU alerta sobre fome crescente no Chade. Foto ONUApesar dos sinais de melhoria no Níger, que sofre devido a uma grave crise alimentar, o Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA) advertiu que as taxas de desnutrição infantil são assustadoramente altas no vizinho Chade.

“Vimos o impacto positivo da oportuna e bem coordenada assistência alimentar e nutricional realizada em parceria com o Governo do Níger”, onde quase metade da população de 15 milhões de habitantes vivem com fome, disse a Diretora Executiva do PMA, Josette Sheeran. Mas, no Chade, que também teve uma longa e terrível temporada de escassez, “as crianças são frágeis e precisam continuar recebendo alimentos e apoio nutricional”, ressaltou. A falta de chuvas regulares, em todo o Sahel leste, ocasionou a destruição de grande parte da safra do ano passado, secando também bebedouros para o gado.

Para responder à situação, o PMA lançou operações de emergência de assistência alimentar no Níger e no Chade para atender às necessidades nutricionais das crianças e para manter as famílias alimentadas durante o período entressafras, quando o alimento é escasso e os preços estão em ascensão. O Coordenador de Emergência para o Sahel Oriental do PMA, Manuel Aranda da Silva, disse que em algumas regiões do Níger, os preços já estão começando a cair nos mercados locais e a taxa de desnutrição das crianças está se estabilizando.

Segundo Aranda, o PMA deve manter sua operação pelo menos durante os próximos três meses, assim como começar a enfrentar algumas das causas estruturais da insegurança alimentar e a desnutrição para reforçar a resistência às recorrentes secas. “O sistema de saúde no Chade não abrange todas as áreas e há poucas organizações não-governamentais apoiando a distribuição de alimentos do Programa”, observou ele, enfatizando que, embora o tempo da colheita esteja se aproximando, seria perigoso diminuir o suporte nutricional das crianças do Chade.