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Todos os países devem proteger os direitos das dezenas de milhões de migrantes irregulares

Trabalhadores migrantes enviam dinheiro para suas famílias. Foto: ONU.Todos os países devem proteger os direitos humanos das dezenas de milhões de migrantes em todo o mundo que não têm estatuto legal próprio e estão, portanto, mais propensos a sofrerem abusos, detenções prolongadas e maus-tratos, estupro, escravidão, ou mesmo assassinato, um grupo apoiado pelas Nações Unidas alertou ontem (30/09).

“Muitas vezes, os Estados têm abordado a migração irregular unicamente sob a ótica da soberania, da segurança das fronteiras ou da aplicação das leis, às vezes hostis aos estrangeiros”, afirmou o Grupo Global de Migração (GMG) ao final de uma reunião em Genebra (Suíça), que constatou também que as crianças estão particularmente vulneráveis.

“Embora os Estados tenham interesse legítimo em garantir a segurança de fronteiras e exercer o controle da imigração, essas preocupações não podem, e, certamente, não em matéria de direito internacional, triunfar sobre as obrigações do Estado de respeitar os direitos garantidos internacionalmente a todas as pessoas, de protegê-las contra os abusos, e de fazer com que elas desfrutem de uma vida digna e segura”.

O GMG, composto por 12 agências da ONU, pelo Banco Mundial e pela Organização Internacional para as Migrações (IOM, na sigla em inglês), afirmou que todos, independentemente do status de sua migração, gozam dos direitos fundamentais à vida, liberdade e segurança, à liberdade contra a prisão ou detenção arbitrárias, refúgio contra perseguição e proteção contra a discriminação baseada em raça, sexo, língua, religião, origem nacional ou social, ou qualquer outra condição.

Venezuela: agência da ONU fornece treinamento para ajudar a combater a violência sexual

Mapa: Colômbia e Venezuela.O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) desenvolveu um projeto para ajudar grupos mais vulneráveis na Venezuela, particularmente a grande população de refugiados colombianos que cruzaram a fronteira para evitar conflitos em sua terra natal. O treinamento foi realizado no estado de Zulia, no noroeste do país, que fica perto da fronteira com a Colômbia.

O programa faz parte de um esforço mais amplo do ACNUR, que inclui oficinas e a realização de um fórum, a fim de resolver os problemas da violência sexual e baseada no gênero no país da América do Sul. Treinamentos de assistência médica e psicossocial, jurídico e de proteção foram fornecidos a cerca de 100 trabalhadores de instituições governamentais, organizações não governamentais (ONGs) e forças de segurança pelo ACNUR e pela Organização Internacional para as Migrações (IOM, na sigla em inglês).

Um projeto apoiado pelas Nações Unidas na Venezuela já treinou dúzias de funcionários do governo e membros das forças de segurança sobre como evitar a violência sexual e baseada no gênero, além de buscar um melhor atendimento e proteção às vítimas.

Novos projetos para o Haiti

Haitianos participam de esquema de trabalho-por-dinheiro em comunidades de Canapé Vert's. Foto: ONU.Projetos da ONU em saúde, educação, criação de empregos, acesso à saúde reprodutiva e melhora na alimentação foram aprovados para entrar em vigor no Haiti. Os projetos fazem parte do esforço de reconstrução do país, destruído após o terremoto de janeiro.

A Comissão Interina de Recuperação do Haiti (IHRC), criada em abril para coordenar e supervisionar a recuperação e a campanha de reconstrução, anunciou ontem (19) na capital Porto Príncipe que apoiará projetos da ONU no valor de 220 mil dólares.

Entre as iniciativas aprovadas, destaca-se um projeto de 65 milhões de dólares para reabilitar a infraestrutura, com base nos projetos anteriores de dinheiro-por-trabalho [cash-for-work projects], que geraram mais de 120 mil empregos desde o terremoto. Esta iniciativa será coordenada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Outro projeto, que será realizado em conjunto com o Programa Mundial de Alimentos (PMA), a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Organização Internacional para as Migrações (IOM na sigla em inglês), deverá fornecer emprego temporário para 300 mil pessoas nos próximos 12 meses.

Outras iniciativas incluem um projeto da Organização Mundial da Saúde
(OMS), que visa impulsionar o acesso aos cuidados de saúde, um projeto de segurança alimentar gerido pela FAO, um projeto que visa fortalecer os serviços de saúde reprodutiva e um projeto conjunto de alimentação escolar do PMA, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Banco Mundial.