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Presidente Lula faz apitaço contra fome

Presidente Lula faz apitaço contra fome. Imagem: FAO.O presidente Luiz Inácio Lula da Silva uniu-se à campanha contra a fome organizada pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), assinando a petição “1billionhungry” (um bilhão de pessoas com fome) e dando um apitaço contra a fome. O apitaço ocorreu ontem (25) à noite no Palácio do Itamaraty, em Brasília, durante a XVIII reunião plenária do CONSEA, na qual Lula também assinou decreto instituindo a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.

Mais de 400 mil pessoas já assinaram a petição “1billionhungry”, que pede que os líderes mundiais façam da erradicação da fome sua prioridade. Você também pode assinar a petição aqui: www.1billionhungry.org/faobrasil

Um milhão de assinaturas

A meta é conseguir um milhão de nomes até o fim de novembro, e apresentar a petição aos 192 Estados-Membros da organização, que participarão do Conselho da FAO. Atualmente, cerca de um bilhão de pessoas no mundo vivem numa situação de fome crônica. “A fome dói e mata. E nós não podemos ficar indiferentes perante tanto sofrimento”, afirmou o representante da FAO no Brasil, Hélder Muteia na cerimônia, antes de convidar Lula a assinar a petição e apitar contra a fome.

Brasil: compromisso com a luta contra a fome

Nos últimos anos, o Brasil promoveu importantes avanços institucionais para garantir o direito à alimentação, como a inclusão do direito à alimentação entre os direitos sociais assegurados na Constituição, e a promulgação da Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional e da lei que determina que 30% dos produtos que abastecem a merenda escolar sejam comprados de agricultores familiares.

Hélder Muteia elogiou a estratégia Fome Zero e os esforços do governo para promover a inclusão social e fez um chamado para que outros governos sigam o exemplo brasileiro.

O projeto “1billionhungry”

O projeto “1billionhungry” é uma campanha de comunicação que busca reunir apoio internacional para acabar com a fome no mundo. Diversas celebridades participam desse esforço, incluindo o ator Jeremy Irons, o músico cubano Chucho Valdés e Gilberto Gil, e o goleiro do Real Madrid e da seleção espanhola campeã do mundo, Iker Casillas.

No Brasil, o projeto conta com diversos apoios, entre eles, do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), a Rede Nacional de Mobilização Social (COEP), a Fundação Banco do Brasil, agências do Sistema Nações Unidas no Brasil, Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Visão Mundial, Portal do Voluntariado, Planeta Voluntários, Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), e de universidades como UnB, UniCeub e UPIS.

Para assinar a petição visite o site: www.1billionhungry.org/faobrasil

ATENÇÃO JORNALISTAS: Caso necessitem de fotografias e vídeos do apitaço contra a fome do presidente Lula, ou outros materiais do projeto 1billionhungry, entre em contato conosco nos e-mails ou telefones abaixo.

Assessoria de imprensa

  • Representação da FAO no Brasil: Lídia Silva, lí[email protected], (55 61) 3038 2270
  • Escritório Regional da FAO para América Latina e Caribe: Lucas Tavares, [email protected], (56 9) 9802 7300

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Petição da ONU contra a fome já tem mais de 280.000 assinaturas

Fazendeira na Guatemala assina a petição contra a fome. Foto: ONU.Uma petição da ONU que visa encorajar os governos a tornar a erradicação da fome sua prioridade já foi, até agora, assinada por mais de 280.000 pessoas e está em vias de atingir sua meta de um milhão de assinaturas até o final de novembro, segundo divulgou ontem (3) a agência de agricultura da ONU.

A petição da campanha, organizada pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), pode ser assinada on-line no 1billionhungry.org website.

“A bola agora está rolando e nós estamos no caminho para cumprir nossa meta de um milhão assinaturas até o final de novembro”, disse o Diretor-Geral da FAO, Jacques Diouf. “Encorajo todos a assinarem a petição online para mostrar sua solidariedade ao bilhão de pessoas que passam fome”.

A agência disse que a petição deve ser assinada por quem “considera
inaceitável que cerca de um bilhão de pessoas estejam cronicamente famintas”. “Solicitamos aos governos para que façam da eliminação da fome sua prioridade máxima, até que esse objetivo seja alcançado”, acrescentou.

Uma das ferramentas para a campanha é um vídeo promocional feito pelo ator britânico Jeremy Irons no qual ele interpreta um personagem baseado em uma famosa cena do clássico filme “Rede de Intrigas” (Network, no título em inglês), da década de 70. O vídeo, traduzido, pode ser visto logo abaixo.

A campanha também utiliza um software inovador, desenvolvido por Riley Crane, pós-doutorado do Massachusetts Institute of Technology Media Laboratory (EUA), que permite aos usuários visualizarem o impacto pessoal num mapa mundial uma vez que seus amigos passam o link adiante. O mapa do Google também mantém uma contagem contínua do número de assinaturas em cada país.

Contatos através do Facebook, de amigo para amigo, e outras plataformas de mídia social são os principais meios pelos quais as notícias da petição estão se espalhando. Um novo aplicativo do Facebook agora permite aos usuários assinarem a petição e encorajarem amigos e familiares para que façam o mesmo.

A Cúpula Mundial da Alimentação de 1996 contou com a participação de 185 países e estabeleceu o acordo de redução do número de pessoas com fome pela metade, para não mais de 420 milhões até 2015. No entanto, se o mundo continuar no ritmo atual de redução da fome, esse objetivo só será alcançado em 2150, com centenas de milhões de mortes desnecessárias e sofrimento incalculável como resultado, segundo a FAO.

A campanha da FAO utiliza um apito amarelo como ícone da campanha, que significa “basta”. Banners incentivam as pessoas a assinarem a petição, que já foi traduzida para 13 idiomas, inclusive o português.

Saiba mais informações da campanha contra a fome aqui.

Apesar do recente progresso, África Ocidental permanece em encruzilhada

Representante Especial da ONU para a África Ocidental, Said Djinnit. Foto: ONU.As causas dos conflitos na África Ocidental, incluindo tensões étnicas e desafios de governos, poderiam reverter os ganhos feitos na consolidação da paz, deixando a região numa encruzilhada. Está é a avaliação de um alto funcionário das Nações Unidas no país, feita nesta terça-feira (13). “Isto requer o apoio contínuo da comunidade internacional, incluindo as Nações Unidas, para manter o momento de paz e estabilidade na região.” disse o Representante Especial para a África Ocidental, Said Djinnit.

Seis meses após seu último encontro com o Conselho de Segurança, Djinnit disse que a situação na região tem melhorado. Na época, uma crise constitucional tinha surgido no Níger, enquanto grande parte da população da Guiné era afetada pela insegurança alimentar, tráfico de drogas e outros obstáculos. “Desde então, a realização de eleições pacíficas no Togo – e a subsequente formação de um governo com a participação da oposição –, além do contínuo compromisso das autoridades do Níger com um programa de transição, são sinais encorajadores de progresso”.

“Não preciso dizer que uma democracia estável e pacífica em Guiné teria grandes implicações na estabilidade da região”, especialmente no fortalecimento da paz duramente conquistada em Serra Leoa e na Libéria, apontou Djinnit. O progresso na Guiné também poderia ajudar a resolver a atual crise na vizinha Guiné-Bissau. Neste país, uma série de assassinatos políticos têm ameaçado a segurança e estabilidade da região, mas a ordem foi restaurada com as eleições de Malam Bacai Sanhá, em junho de 2009. Nos últimos seis meses foi observado um crescimento na África Ocidental, apoiado pela recuperação da economia global. No entanto, Djinnit destacou que estas melhoras ainda não ocasionaram uma redução sustentável da pobreza.

Ao mesmo tempo, as perspectivas de atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) permanecem fracas. Também preocupa a crise alimentar que envolve milhões de pessoas, especialmente em Níger, lar de mais de sete milhões de pessoas famintas.

Saiba mais, em inglês, clicando aqui.

Programa da ONU busca aumentar efetividade da distribuição de alimentos em zonas de crise

Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA) busca aumentar efetividade da distribuição de alimentos em zonas de crise. Foto: www.wfp.orgNuma inovadora tentativa de assegurar que as pessoas mais famintas e vulneráveis às crises recebam alimentos, o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA) está recorrendo à experiência das vanguardas nos negócios, ajuda humanitária e tecnologia. “Todo dia enfrentamos perigos e obstáculos na nossa busca para que a comida chegue a lugares que precisam de ajuda de forma segura e efetiva”, afirmou a Diretora Executiva do PMA, Josette Sheeran. O Programa leva alimentos a aproximadamente cem milhões de pessoas por ano.

“Eu quero trazer as melhores mentes do mundo – incluindo as dos negócios – para assegurar a máxima segurança e controle da cadeia de suplementos em ambientes voláteis e destruídos. Examinaremos os métodos tecnológicos mais avançados de monitoramento e distribuição”. Especialistas mundiais em logística do setor privado, incluindo o gigante do varejo Wal-Mart e a companhia de transporte TNT, junto com especialistas de ajuda humanitária como o ex-Coordenador de Emergência e Socorro das Nações Unidas, Jan Egeland, e militares focados em cadeias de suplementos estão reunidos com a equipe do PMA em Roma. “O PMA não escolhe onde quer trabalhar. É dirigido pelo princípio de chegar à fome em qualquer lugar onde ela esteja”, afirmou Sheeran. “Isto significa que não podemos evitar riscos, mas podemos manejá-los.

O Programa já possui um sofisticado sistema de distribuição de alimentos, que inclui avaliações detalhadas do número de pessoas famintas e sua localização; orientações contratuais rigorosas para identificar as companhias de transporte mais confiáveis; e métodos de encaminhamento do alimento da doação à distribuição. Mais informações, em inglês, disponíveis aqui.

Crise econômica ameaça progresso da luta contra a fome na Europa e Ásia Central

Diretor-Geral da FAO, Jacques DioufO Diretor-Geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Jacques Diouf, elogiou o admirável sucesso na luta contra a pobreza e insegurança alimentar que Europa e Ásia Central têm conseguido ao longo dos últimos 10 anos, tendo a agricultura como peça-chave. Porém advertiu que a crise financeira internacional poderia ameaçar esse processo. “Estudos da FAO mostram que a crise tem enfraquecido a agricultura, particularmente nos países do Centro e Leste da Europa. Além disso, o Banco Mundial estima que Europa e Ásia Central sejam as regiões mais afetadas”, declarou Diouf.

Desde 1998, aproximadamente 50 milhões de pessoas em Europa e Ásia Central conseguiram deixar a linha de pobreza. Para Diouf, a História demonstra que não existe melhor motor para estimular o crescimento e erradicar a fome e a pobreza do que o investimento em agricultura. No entanto, grandes recursos financeiros são necessários. Diouf observou que são precisos 44 bilhões de dólares para a Assistência Oficial de Desenvolvimento para financiar insumos modernos, infraestrutura rural e tecnologia no benefício de pequenos agricultores e países pobres.

Na semana passada, a FAO lançou uma campanha internacional contra a fome, www.1billionhungry.org, cujo objetivo é pressionar líderes globais a tirar um bilhão de pessoas da fome. Diouf declarou estar convencido que “juntos podemos eliminar a fome do planeta”. No entanto, adicionou que “para isso precisamos nos mover das palavras às ações e, sobretudo, fazê-lo rapidamente”.

Conheça a campanha da FAO lançada na última terça-feira (11) clicando aqui.